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LEÃO BRANCO - LUTADOR SEM LEI (1990) - FILM REVIEW

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Coração de leão

Texto: M.V.Pacheco

Revisão: Thais A.F. Melo


Quando o ator não tem tantos recursos interpretativos, e mesmo assim faz sucesso com um dos seus primeiros filmes, há a tendência de tentar repetir a fórmula. A história (real?) de Frank Dux retratada em “O Grande Dragão Branco” catapultou a carreira do astro belga para um estrelato que ele não estava preparado. Vieram na sequência filmes que nada mais eram que variações do Mortal Kombat vivido no filme de 1988, como Kickboxer: O Desafio do Dragão, Leão Branco, o Lutador sem Lei e o próprio Desafio Mortal, dirigido por Van Damme. 

Mesmo conseguindo se reinventar a seguir em ótimos filmes como Timecop, Risco Máximo, Duplo Impacto, Soldado Universal, O Alvo e mais alguns outros, estes papéis com lutas marcaram o ator. E de todos, o mais cheio de nuances, com uma história mais detalhada em torno das lutas, é Leão Branco.


Não à toa, o diretor Sheldon Lettich co-escreveu "O Grande Dragão Branco". Eles se tornaram amigos, fazendo diversos filmes juntos. Leão Branco é o primeiro filme em que enxergamos um ator preocupado com seu trabalho de cena. 

Legião estrangeira, Kumitê e Bunda atlética.

Aos poucos, a filmografia de Van Damme despontava com características peculiares. Uma delas, é que ele gostava de mostrar a bunda em cena. Neste, Van Damme mostra rapidamente. Na época, o diretor disse que enquanto filmava a cena onde o astro toma banho no apartamento de Cynthia, ele perguntou se poderia casualmente "largar a toalha" e mostrar sua bunda por um breve momento. 


Mas Van Damme ia além de sua bela bunda. Em diversos filmes, ele buscou maneiras de confrontar a si mesmo, a fim de demonstrar capacidade de interpretar personagens diferentes num mesmo plano, como foi em Duplo Impacto, Replicante e Timecop.

Ele foi a inspiração para o personagem Johnny Cage de Mortal Kombat (1992), que foi inicialmente imaginado para Van Damme, mas ele e a Midway não conseguiram chegar a um acordo sobre os custos para usar sua imagem. Um dos movimentos especiais de Johnny Cage é fazer um split ao socar seu oponente na virilha, como visto quando o personagem de Van Damme, Frank Dux, soca seu grande oponente de sumô em O Grande Dragão Branco (1988).


Outro elemento visto em cena com frequência é a Legião Estrangeira. E no caso das lutas vistas nos filmes iniciais, o motivo para elas existirem com tanta frequência e importância nas tramas, era que Van Damme era um multi campeão no caratê, fazendo dele, sua zona de conforto cinematográfica.

AWOL

Para muitos, Leão Branco se chamava AWOL, (Absent Without Leave ou Ausência sem licença), e isto se deve ao fato de que alguns filmes recebem nomes diferentes conforme o país ou mesmo a mídia lançada. 


Na história de Leão Branco, Lyon Gaultier faz parte da Legião Estrangeira Francesa em Djibouti, na África Oriental. Depois que seu irmão, que mora em Los Angeles, é incendiado quando estava traficando drogas, Lyon recebe uma carta de sua cunhada Hélène implorando para que ele venha ver seu irmão moribundo, que chama seu nome em agonia. Como não obtém a licença, Lyon foge.

Chegando a Nova York sem dinheiro para cruzar o país até Los Angeles, Lyon é atraído por uma briga de rua ilegal comandada por um vagabundo chamado Joshua. Ele se oferece para a próxima luta e derrota facilmente seu oponente, impressionando Joshua, que leva Lyon para conhecer Cynthia, uma organizadora inescrupulosa de lutas underground para a elite rica. Cynthia concorda em patrocinar Lyon, apelidando-o de "Lionheart".


O filme ainda traz alguns nomes bem reconhecidos na época, como Brian Thompson (o psicopata de Stallone Cobra), Voyo Goric (um dos vilões de Rambo II - A missão), Michel Qissi (Paredes de O Grande Dragão Branco e Tong Po em Kickboxer: O Desafio do Dragão), Billy Blanks (de O Rei dos Kickboxers e Garras de Águia) e finalmente, Abdel Qissi (o lutador da Mongólia de Desafio Mortal). Abdel e Michel são irmãos na vida real. Ele conheceu Van Damme por conta da amizade do irmão com o astro.

Revendo hoje, Leão Branco envelheceu muito bem, figurando entre os melhores filmes protagonizados pelo Jean-Claude Camille François Van Varenberg.


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