google-site-verification=21d6hN1qv4Gg7Q1Cw4ScYzSz7jRaXi6w1uq24bgnPQc

10 FILMES SOBRE VICIADOS EM DROGAS QUE VÃO AO FUNDO DO POÇO

10-filmes-sobre-viciados

A finalidade do post não é descobrir o sexo dos anjos. Apontar vilões ou culpados. Apenas indicar 10 filmes em que personagens vão ao fundo do poço usando drogas. Alguns saem do vício. Outros não.

Abaixo 10 filmes que podem alertar os possíveis efeitos para quem está no começo e propor saídas. Além, é claro, de mostrarem a luta que é para largar o vício.

Boa sessão:


Na cidade de Berlim, nos anos 70, a adolescente Christiane (Natja Brunckhorst) é uma jovem comum que mora com a mãe e a irmã caçula. Ela sonha em conhecer a "Sound", discoteca mais moderna e badalada do momento. Menor de idade, ela consegue entrar com a ajuda de uma amiga, conhece Detlev (Thomas Haustein) e começa a se aproximar das drogas. Primeiro álcool, depois maconha, calmantes, LSD, heroína. Imersa no submundo do vício, ela passa a prostituir-se.


Henry Hill (Ray Liotta) conta a sua história de garoto do Brooklyn, Nova York, que sempre sonhou ser gângster, começando sua "carreira" aos 11 anos e se tornando protegido de James "Jimmy" Conway (Robert De Niro), um mafioso em ascensão. Tratado como filho por mais de vinte anos, ele se envolve em golpes cada vez maiores e acaba se casando com Karen Hill (Loraine Bracco), sua amante. Impossibilitado de ser totalmente "adotado" pela "família", o jovem ambicioso conquista prestígio, se envolve com o tráfico de drogas, prática grandes roubos e ganha muito dinheiro, mas os agentes federais estão na sua cola e o seu destino pode mudar a qualquer momento.


Kristen Cates (Jennifer Jason Leigh, de Conquista Sangrenta, Mulher Solteira Procura), começa a trabalhar na divisão de narcóticos com o experiente "tira" Jim Raynor (Jason Patric, de Garotos Perdidos e Frankenstein). Juntos eles dão início a uma verdadeira viagem ao inferno. Kristen aprende todos os truques do ofício, inclusive como usar drogas sem deixar suspeitas. Mas os dois violam três regras da profissão: apaixonam-se, viciam-se e ficam sabendo demais sobre os traficantes e a própria polícia. 


Uma das mais sensuais e excitantes figuras da história do rock explode nas telas em The Doors, um filme eletrizante sobre o homem, o mito, a música e a magia que foi Jim Morrison. Morrison (Val Kilmer), deus do sexo. Alto Sacerdote do excesso. Um poeta disfarçado na pele de um astro do rock. As mulheres o desejam, os homens desejam ser como ele. Numa época chamada anos 60, num lugar chamado Estados Unidos, nenhum sonho era mais brilhante do que ser o líder de uma banda de rock chamada The Doors.


Jim Carroll é uma estrela do basquete na escola. Mas a pressão de seu treinador e de sua mãe o levam a usar drogas. Logo, as ruas da cidade de Nova York substituem as quadras esportivas como seu destino principal. Jim e seus amigos roubam e se prostituem para poder comprar heroína. Sua única chance de se livrar do vício pode ser Reggie, um vizinho e amigo disposto a ajudá-lo.


Em Edimburgo, na Escócia, vive Renton (Ewan McGregor), um jovem usuário de heroína que leva uma vida despreocupada, dividindo-se entre seu romance com a estudante colegial Diane (Kelly Macdonald) e os encontros com seus quatro amigos viciados: Sick Boy, (Jonny Lee Miller), um imoral desenhista de HQs fanático por Sean Connery; Tommy (Kevin McKidd), um atleta responsável; Spud (Ewen Bremner), um bobalhão de bom coração e Begbie (Robert Carlyle), um violento sociopata.


Em Traffic: Ninguém Sai Limpo, uma série de histórias interligadas dão um panorama sobre o alto escalão do tráfico de drogas, envolvendo um policial mexicano preso numa teia de corrupção, uma dupla de agentes do DEA (departamento antidrogas), infiltrada no perigoso mundo dos negociantes de San Diego, um barão da droga que após ser preso, explica como sua mulher tomou seu negócio ilegal e ainda um juiz da Suprema Corte de Justiça de Ohio, conhecido pela sua posição anti-drogas, que precisa lidar com sua filha viciada.


Uma visão frenética, perturbada e única sobre pessoas que vivem em desespero e ao mesmo tempo cheio de sonhos. Harry Goldfarb (Jared Leto) e Marion Silver (Jennifer Connelly) formam um casal apaixonado, que tem como sonho montar um pequeno negócio e viverem felizes para sempre. Porém, ambos são viciados em heroína, o que faz com que repetidamente Harry penhore a televisão de sua mãe (Ellen Burstyn), para conseguir dinheiro. 

Já Sara, mãe de Harry, viciada em assistir programas de TV. Até que um dia recebe um convite para participar do seu show favorito, o "Tappy Tibbons Show", que transmitido para todo o país. Para poder vestir seu vestido predileto, Sara começa a tomar pílulas de emagrecimento, receitadas por seu médico. Só que, aos poucos, Sara começa a tomar cada vez mais pílulas até se tornar uma viciada neste medicamento.


Durante seis meses, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. 

É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Ao lado de Donnie (Jonah Hill) e outros amigos dos velhos tempos, ele cria a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer.


Uma história sobre amor, guerra, assaltos a banco e heroína. Um jovem de uma família rica se casa com a namorada de sua cidade natal antes de se juntar ao Exército e embarcar para o Iraque. Ele não está preparado para a terrível realidade que o aguarda, e a natureza rude de seus colegas soldados que fumam, tomam analgésicos, assistem pornografia e se machucam horrivelmente com regularidade.
Baseado no romance "Cherry", de Nico Walker.


De uns tempos para cá, o mundo ficou bastante polarizado. Diria extremista. Principalmente no campo da política. Mas uma das disputas mais fortes (infelizes e desnecessárias) é a originada entre a Marvel e a DC. Tudo porque a DC, com heróis mais famosos, errou vergonhosamente seu Universo Compartilhado tentando correr atrás da fórmula Marvel, que no mínimo, faz filmes menos polêmicos e mais acessíveis, atingindo o sucesso de forma mais garantida. 

Esta "treta" respingou até nos envolvidos nas produções. Por exemplo, James Gunn "traiu" a Marvel fazendo Esquadrão suicida 2. Oi? Traiu? Mas gente, ele é um diretor que faz seu trabalho de casa e vai embora. Outro dia vi o comentário que os Vingadores: Ultimato perdeu o posto de maior bilheteria do cinema com a reestreia do Avatar, e que agora "nem" isto ele teria.


Pasmem o comentário absurdo. Vingadores: Ultimato fez quase 3 bilhões de bilheterias mundiais. O grande evento da DC, Liga da Justiça, fez 657 milhões. Ou seja, entre linhas, o cara desmereceu 3 bilhões. Quando há este partidarismo, as pessoas ficam cegas.

Disse isto tudo por um motivo: Cherry, um filmaço, com o ator principal entregando uma interpretação digna de Oscar ou na pior das hipóteses, virar cult sobre os perrengues de um drogado, virou alvo de mimimi por um motivo idiota: foi dirigido pelos ótimos realizadores de filmes como Capitão América: soldado invernal e a dupla Vingadores: Guerra infinita e Ultimado. Ainda por cima, com o "Homem aranha".


Críticos ficam perdendo tempo de fazer altas análises, quando a vida é muito mais simples: a história, muito bem contatada, é sobre um garoto que acha que perderá o grande amor da vida e entra para o exército. Lá, de cara com a morte, sobrevive, mas traz traumas quase irreversíveis, somatizados no vício de drogas. 

Não há uma grande sacada. Uma grande reviravolta. Mesmo um momento memorável. A trama é sobre a queda livre por más escolhas. E cabe a nós, telespectadores, "curtir" e torcer pelo protagonista, que durante o período na prisão, escreveu um livro. 

Conheça o livro e o autor, com as informações pegas no site da empresa que o lançou: A Darkside Books. Se jogue no escuro.


CHERRY: INOCÊNCIA PERDIDA + BRINDE EXCLUSIVO
Edição explosiva + marcador exclusivo

O PRIMEIRO GRANDE ROMANCE DA EPIDEMIA DE OPIOIDES

Um relato explosivo e corajoso, com fortes contornos autobiográficos, Cherry: Inocência Perdida, romance de estreia de Nico Walker, expõe com crueza a violência da guerra, o ambiente nocivo da obsessão bélica dos EUA, a dependência das drogas e os rumos perigosos e autodestrutivos de um protagonista vívido como a realidade. Este não é um livro sobre redenção; é uma história sobre relacionamentos destrutivos, potenciais desperdiçados e oportunidades perdidas.

Nico Walker tinha apenas 20 anos quando foi combater na Ocupação do Iraque (2003–2011). A experiência traumática deixou marcas emocionais profundas e, embora tenha tentado se readaptar à vida normal após voltar aos Estados Unidos, uma depressão acabou levando-o a buscar conforto nas drogas. Viciado em heroína e sem grana, ele assaltou dez bancos em quatro meses. 


Preso em 2011, recebeu uma sentença de onze anos. Um perfil de Walker no site BuzzFeed levou Matthew Johnson, dono de uma editora independente, a entrar em contato com o futuro escritor. Encorajado por Johnson a aproveitar o tempo de prisão para se dedicar à leitura e à escrita, Nico Walker concebeu Cherry, seu primeiro romance, enquanto cumpria a pena.

Na obra, o autor combina temas diversos como as cicatrizes provocadas pela guerra, tão difíceis de curar, a angústia de viver com transtornos mentais não diagnosticados e como o vício por drogas pode encaminhar o usuário à completa solidão. Escrito de forma coloquial e realista, o livro nos convida a um mergulho profundo na mente do seu narrador irônico e mordaz. Acompanhamos suas percepções, angústias e temores de perto, como se testemunhássemos seus instantes mais íntimos de horror e êxtase.


A força narrativa de Nico Walker levou a história para os cinemas. O filme dos irmãos Russo, estrelado por Tom Holland, estreia em março de 2021, dando vida ao relato contundente deste talento improvável da literatura. Cherry é, ao mesmo tempo, uma leitura extremamente desconfortável e necessária para compreendermos a delicada situação de abandono em que são deixados muitos ex-combatentes e veteranos de guerra. O trauma persistente da guerra para toda uma geração de jovens americanos nos conflitos intermináveis no Iraque e Afeganistão, os custos sociais e psicológicos do vício desses jovens são retratados por um deles, neste que tem sido chamado de “O primeiro grande romance da epidemia de opioides”. Não se sai impune de uma leitura visceral como esta.

Cherry é um relato profano, áspero e dolorosamente oportuno das repercussões da guerra e dos perigos do vício.
ENTERTAINMENT WEEKLY. 


A INACREDITÁVEL TRAJETÓRIA DE NICO WALKER, AUTOR DE CHERRY
Escritor é um veterano de guerra que cometeu assaltos a bancos e produziu seu livro na prisão.

Aos 19 anos ele se alistou no exército e foi combater no Iraque. Aos 26 foi pego assaltando um banco e sentenciado à prisão. Com 33 anos publicou seu primeiro livro, que está sendo adaptado para o cinema. Não é à toa que a obra de estreia de Nico Walker ganhou as telonas e os serviços de streaming, seu livro Cherry: Inocência Perdida pode até ser uma obra de ficção, mas tem um forte paralelo com a trajetória do próprio autor.

Caçula de dois filhos, Nicholas Walker foi criado por uma família estável, com pais que o amavam e lhe davam tudo o que um menino poderia querer. Por exemplo, quando o pequeno Nick se interessou por música, seus pais lhe deram diversos violões e até um piano. Nas cidades de Atlanta, Las Vegas e Cleveland, por onde moraram, eles sempre se preocuparam em viver nas melhores vizinhanças e em matricular os garotos nas melhores escolas. Sua criação foi bem protegida, privilegiada e predominantemente feliz.


O pequeno Nicholas era bem próximo de seu avô materno, que era um veterano da Segunda Guerra Mundial. No primeiro ano de faculdade, no entanto, ele estava insatisfeito com a vida retida em Cleveland e começou a ficar chateado com as histórias vindas do Iraque – de jovens feridos que se pareciam muito com ele. Isso contribuiu com sua decisão de se alistar, para o choque de sua família.

Guerra e decepção no Iraque

Nicholas Walker serviu como médico no conflito dos Estados Unidos com o Iraque entre 2005 e 2006 e durante o período manteve um histórico exemplar, com direito a sete medalhas e moções de louvor. Ele participou de aproximadamente 250 missões de combate – um número considerável para qualquer militar, ainda mais para um médico.


Walker se tornou tão bom no que fazia que os soldados de dois pelotões diferentes solicitavam especificamente a sua presença nas missões mais perigosas, o que ocorreu quase todos os dias ao longo de um ano. Por ter se alistado ao exército justamente porque queria ajudar as pessoas, ele atendia todos os pedidos de seus colegas.

Participar da guerra também provocou um choque de realidade no jovem soldado, que vislumbrava uma história de glórias e de fazer o bem com esta intervenção. No entanto, chegando no Iraque e vivendo aquela realidade, ele passou a questionar o propósito do conflito. “Não existem mocinhos e bandidos. E olhando pra trás você pensa: “o que você achava que iria acontecer? Morte ou glória? E daí você se sente mal porque era exatamente isso que você queria. É bem fácil entrar, mas é muito difícil sair”.


Estresse pós-traumático e os assaltos a bancos

Quando retornou aos Estados Unidos, Walker não se deu conta de que poderia estar sofrendo de estresse pós-traumático. Ele se sentia mal, mas ao mesmo tempo se sentia envergonhado por se sentir desta forma e não sabia lidar com a situação. A saída encontrada por ele se resumiu a bebida e analgésicos.

Casos de estresse pós-traumático em veteranos são assustadoramente comuns. Um estudo de 2010 descobriu que todos os dias aproximadamente 22 veteranos cometiam suicídio nos Estados Unidos, a maioria deles por sofrerem do distúrbio. No ano de 2012 o número de militares que tiraram as próprias vidas superou o número daqueles mortos em combate no conflito com o Afeganistão, durante o mesmo período.


Ainda assim, muitos ainda enfrentam desafios para se tratarem quando retornam para casa. Alguns dos principais empecilhos são: demora para que eles recebam atendimento próprio, falta de acompanhamento dos casos e diagnósticos errados. Outro problema é que cada pessoa encara o estresse pós-traumático de uma forma diferente. Nico Walker, por exemplo, não seguiu o padrão mais frequente, como o de replicar abuso físico e psicológico nas pessoas próximas ou o próprio suicídio. 

Além de todo o trauma da guerra, o retorno ao lar foi marcado por outra crise para Walker: ele e sua esposa Kara, com quem ele se casou rapidamente antes de ir para o Iraque, acabaram se separando. O primeiro problema foi a incapacidade de dormir naturalmente por causa das lembranças da guerra, o que o levou a beber até pegar no sono. Porém, dormir também não era uma atividade reparadora, já que ele constantemente tinha pesadelos relacionados ao conflito, que progressivamente levaram a alucinações.


Isso durou aproximadamente um ano, quando, na metade de 2007, ele passou a tomar um forte opioide para dormir. Durante o dia, sua vida parecia estar voltando aos eixos: ele estava estudando e tinha uma banda. Em 2008 ele até mesmo se reconciliou com Kara. 

Porém, as memórias da guerra continuavam a assombrá-lo, dormindo ou acordado. Até então nenhum médico tinha chegado ao diagnóstico de estresse pós-traumático. O primeiro que atendeu Walker apenas prescreveu alguns antidepressivos e, em 2007, outro o diagnosticou com ansiedade e recomendou que ele não retornasse ao exército, pois isso poderia desencadear o distúrbio.

A falta de um tratamento adequado só fez com que os problemas de Nico Walker piorassem a cada dia. Ele começou a usar heroína e a adotar comportamentos cada vez mais violentos, como direção perigosa e agredir a si próprio. Tal atitude desesperou seus pais e o afastou de amigos, inclusive os membros de sua banda e Kara.


Somente em 2010, quando a mãe de Walker o levou a um psiquiatra, Nico recebeu não apenas o diagnóstico de estresse pós-traumático, mas também de transtorno bipolar, depressão severa, ansiedade generalizada e dependência de opioides e álcool. Porém, o próprio diagnóstico abalou ainda mais o psicológico e o emocional de Nico. 

Após assistir muitos vídeos de guerra, que o lembravam do tempo no Iraque, Walker teve uma epifania: ele decidiu que iria assaltar um banco. Ele chegou a esta conclusão por entender que tinha todas as qualificações para isso, e queria lidar com uma atividade altamente estressante e ao mesmo tempo assustadora. “Eu não queria machucar ninguém, não sou uma pessoa violenta”, afirmou em entrevista ao BuzzFeed. “Era um bom escape para a minha raiva? Sim, era um ótimo escape. Aqueles bancos são bem presunçosos, não são? Pensei ‘eles já me roubaram algumas vezes, agora eu é que vou roubá-los’”.

Desde seu primeiro assalto ele sentiu uma empolgação que há anos não conhecia. Não era bem felicidade, mas algo que o deixava agitado de forma positiva. E foi o que continuou fazendo ao longo dos próximos quatro meses, com diversos outros bancos – a maioria deles locais, daqueles em que os funcionários chamam todos os clientes pelo nome. Foram dez assaltos no total. No começo as ações eram mais discretas e até um tanto tímidas, porém, conforme Nico se envolvia mais profundamente com seus traficantes de heroína, outras pessoas passaram a participar e os assaltos se tornaram mais violentos.


Em abril de 2011 ele foi preso durante um de seus assaltos e processado judicialmente. A princípio, Walker nem entendia a gravidade da repreensão. “Comparado com o que eu fazia no Iraque, assaltar bancos parecia brincadeira de criança. Obviamente eu estava errado e me dou conta disso agora”, declarou em uma entrevista ao The Guardian. Em depoimento ao FBI, o veterano chegou a afirmar que só assaltava bancos para passar o tempo.

Da prisão para a literatura

Condenado em 2012 a 11 anos de reclusão, Nico Walker teve um extenso perfil de sua trajetória publicado no site BuzzFeed em uma matéria do jornalista Scott Johnson, divulgada em 2013. A história chamou a atenção de Matthew Johnson, sócio de uma editora nos EUA, que encorajou Walker a escrever uma biografia. Apreensivo com a ideia no início, o veterano acabou topando o desafio, mas não quis narrar sua história de forma autobiográfica. Em vez disso, ele escreveu uma obra de ficção que se assemelha bastante à sua trajetória. 


Escrever encarcerado também foi um desafio para o autor estreante. Ele não tinha muito tempo, pois trabalhava como tutor dentro da penitenciária. Além disso, não havia muita possibilidade de estar sozinho para se concentrar na escrita. A solução encontrada por ele foi acordar mais cedo do que os outros detentos e conseguir alguns momentos de solidão enquanto escrevia nas máquinas de escrever da biblioteca. 

A escrita ajudou Walker a lidar com os fantasmas do passado. “O Iraque costumava ser algo no qual eu não conseguia pensar sem ficar bravo. Aquilo me levava de volta de uma forma muito intensa. Hoje em dia já nem se parece mais com a minha vida – parece que é a vida de outra pessoa”.

Além disso, escrever Cherry deu a Walker uma perspectiva para quando saísse da prisão. “Vou tentar continuar a escrever. Ter uma possibilidade de carreira, dinheiro, motivação, um propósito, um motivo para sair da cama… a maioria das pessoas presas não tem isso”. Em outubro de 2019 Nico Walker foi liberado da prisão em liberdade condicional. Em agosto de 2020 ele se casou com a poeta Rachel Rabbit White. 

Matéria retirada do blog da empresa Darkside, nossa parceira. 


Tecnologia do Blogger.