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SEXY E MARGINAL (1972) - FILM REVIEW

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Sou absurdamente parcial quando se diz respeito a qualquer coisa que Martin Scorsese faça. Até se ele dirigir comercial da Dolly, terá impresso ali algo de sua genialidade. Mesmo os filmes que não consigo gostar, eu revejo de tempos em tempos para ver se minha opinião muda...

Segundo filho de Charles e Catherine Scorsese (muitas vezes presentes como figurantes nos filmes dele), Martin Scorsese nasceu em 17 de novembro de 1942. Desde a infância ele cultiva o amor cinéfilo até pela impossibilidade atividades recreativas normais de seus amigos devido a uma forte asma. 

Criado em um ambiente católico devoto, ele inicialmente estudou para se tornar um padre. No entanto, mais tarde decidiu abandonar o clero para se matricular na escola de cinema da Universidade de Nova York, onde ele foi capaz de produzir e dirigir seus primeiros trabalhos.


Em 1969, após uma notável série de trabalhos experimentais, completou seu primeiro longa metragem "Quem bate à minha porta?".  Drama que já conta com a presença do ator Harvey Keitel , que mais tarde se tornou um ator fetiche do diretor, que até hoje (2019) é escalado para seus filmes, sendo o mais recente, O irlandês. O filme marcou também o início de uma longa colaboração com a editora Thelma Schoonmaker, um componente importante na evolução da sensibilidade visual tão particular de Scorsese. Ela também está em O irlandês, inclusive.

Depois de ingressar como professor de cinema na New York University  Martin Scorsese lançou "Street scenes", um documentário sobre uma manifestação estudantil de maio de 1970. Logo ele deixou Nova York para Hollywood, trabalhando como produtor de documentários como " Woodstock - 3 dias de paz, amor e música  ", quando ele ganhou o apelido de "The Butcher" (sim, o mesmo apelido do personagem de Daniel Day-Lewis em Gangs de Nova York). Para a American International Pictures,  ele dirigiu Sexy e marginal,  com Barbara Hershey e David Carradine e produzido por ninguém menos que Roger Corman.


No filme, que se passa na época da depressão, mostra Bertha Thompson (Barbara Hershey), que viu seu pai ser forçado a pilotar um avião em condições precárias e morrer em um acidente. Mais tarde ela se liga a "Big" Bill Shelley, um líder sindical. Juntos eles vão combater a corrupção no sistema ferroviário. No entanto, os tempos agora são outros. E os problemas também. Os EUA vivem a época do macartismo, da caça às bruxas, em que qualquer pessoa suspeita de ser comunista é perseguida pelo governo. Big Bill é considerado um deles. Por isso, o casal é obrigado a fugir e a entrar no mundo do crime.

A trama  foi sugerida por Roger Corman como uma espécie de "sequência" de Os 5 de Chicago (1970). De acordo com os atores David Carradine e Barbara Hershey, a cena de sexo protagonizada por ambos em Sexy e Marginal não foi falsa. Na época das filmagens eles eram casados. Ambos voltaram a trabalhar com  Martin, ele como o bêbado de Caminhos perigosos e ela como a prostituta Maria Madalena de A Última Tentação de Cristo.  O diretor Martin Scorsese sonhava em levar a vida de Jesus desde a infância ao cinemas. Durante as filmagens de Sexy e marginal, Barbara Hershey presenteou Scorsese com um livro intitulado ... "A última tentação de Cristo". Não a toa, Hershey  está no filme.  


Sendo um filme da AIP e com a mão de Corman, já sabemos de antemão que a produção é tem muito mais a cara da empresa e do lendário diretor/produtor do que o Scorsese que conhecemos. Não só pela falta dos elementos básicos que o marcaria, mas também pela ausência do protagonismo masculino nos filmes principais de sua filmografia (ainda que as mulheres sempre tenham desempenhado papéis fundamentais e marcantes). 

Talvez o elemento mais comum em sua carreira, e que encontramos em Sexy e marginal seja o fato de serem um grupo de marginalizados, cercados de preconceitos num universo violento.

História real, só que não ...

Por anos se acreditava que a tal Bertha Thompson realmente tenha existido (principalmente porque o autor declarou sua existência real e na própria introdução do filme dá-se a entender que é uma biografia), mas a personagem fora mesmo uma criação de Ben Reitman. 


Houve até um boato de que a esposa de Roger Corman , Julie Corman, obteve os direitos de filmagem da história da própria Bertha Thompson depois de encontrá-la em um quarto de hotel em San Francisco.  

Na quarta vez que o livro Boxcar Bertha foi reeditado, sentimos a obrigação de deixar claro que se trata de uma obra de ficção.
Ben Reitman


Ele disse que a personagem Bertha Thompson era uma união de pelo menos três mulheres que ele conhecia, sendo que uma em particular, Retta Toble, tem o maior número de características mostradas.


Uma curiosidade bizarra: não há personagens no filme chamados Emeric Pressburger ou Michael Powell. O diretor Martin Scorsese adicionou-os à lista de elenco como uma homenagem aos cineastas famosos.


Obras-Primas do Cinema lançou: SEXY E MARGINAL. Segundo filme dirigido por Martin Scorsese e produzido por Roger Corman. Foi inspirado na vida da criminosa Bertha Thompson, que viveu na época da Grande Depressão. Versão integral e remasterizada!

U+21F0.gif Extras:

Trailer original do filme.


U+21F0.gif Informações Técnicas:

Título: Sexy e Marginal
Título Original: Boxcar Bertha
País de Produção: Estados Unidos
Ano de Produção: 1972
Gênero: Drama, Crime, Romance
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Barbara Hershey, David Carradine, Barry Primus, Bernie Casey, John Carradine, Victor Argo, Harry Northup.
Idioma: Inglês
Legendas: Português - Inglês
Duração Aproximada: 88 minutos.
Região: Aberto para todas as zonas (Livre)
Áudio: Dolby Digital 2.0
Vídeo: 1.85:1
Cor: Colorido
Faixa Etária: 14 Anos - Contém: Conflitos violência; Consumo de bebidas alcoólicas.


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