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A ESPIÃ VERMELHA (2018) - FILM REVIEW

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"A espiã vermelha" é dirigido por Trevor Nunn a partir de um roteiro adaptado de Lindsay Shapero e baseado no romance best-seller de Jennie Rooney com o mesmo nome. O filme é produzido pelo vencedor do BAFTA e do Oscar® David Parfitt (7 dias com Marilyn / Shakespeare apaixonado, da Trademark Films. Ivan Mactaggart da Cambridge Picture Company e Alice Dawson  co-produzem.

O elenco de "A espiã vermelha" é liderado pela multi-premiada atriz Judi Dench e Sophie Cookson, que estrelam como personagem central de mesmo nome, Stephen Campbell Moore como Max, um professor de física e mentor da jovem Joan, Tom Hughes como Leo, um jovem comunista e o primeiro amor da jovem Joan, Ben Miles o filho e advogado de Joan, Nick e Tereza Srbova como uma colega da Universidade de Cambridge e confidente de Joan.

Atrás das câmeras, o talento criativo inclui o diretor de fotografia Zac Nicholson, a editora premiada, Kristina Hetherington, designer de produção Cristina Casali, Indicado ao Oscar e compositor premiado com o BAFTA, George Fenton, a figurinista Charlotte Walter, e a premiada maquiadora e estilista Sallie Jaye.

"A espiã vermelha"  é uma produção da Trademark Films em associação com a Cambridge Picture Company. O filme tem o apoio de Quickfire, Cofiloisirs e Twickenham Studios. Os responsáveis pelas vendas mundiais é a Embankment Films e a Lionsgate lançará o filme no Reino Unido.


No filme, Joan é uma senhora idosa que vive uma vida quieta no subúrbio quando é presa pelo MI5 e acusada de traição. Enquanto ela é interrogada, ela se lembra de eventos em sua vida de estudante, que vemos em flashback. Em Cambridge, em 1938, ela se envolve com um grupo animado e cheio de energia que formaram uma sociedade comunista estudantil. Ela é particularmente atraída por um jovem estudante russo, Leo Galich, que nasceu na Rússia fugiu para a Alemanha, e agora escapou do anti-semitismo nazista para viver na Inglaterra. Torna-se muito difícil para Joan distinguir entre seu envolvimento romântico com ele e a sensação desconfortável de que ele a está preparando para participar de atividades do Partido Comunista. Ela também se torna a melhor amiga de Sonya, uma colega que parece ser prima de Leo, e quem compartilhou muitas de suas terríveis experiências passadas.

A guerra é declarada contra a Alemanha, então os amigos "alemães" de Joan não podem permanecer na Inglaterra, mas ela consegue se graduar com pontuação máxima em Física - (embora em 1940 o diploma para as mulheres ainda é referido como um "Certificado"). Um pouco confusa sobre como ela poderia ter sido recomendada para entrevista, Joan consegue um emprego em um projeto secreto em andamento no famoso Laboratório Cavendish em Cambridge. Gradualmente, Joan, que impressiona o líder do projeto, professor Max Davies, é colocada a par do segredo. Eles estão tentando criar uma bomba atômica.


Na sala de interrogatório, Joan é acompanhada por seu filho, Nick, advogado, que está determinado a limpar o nome de sua mãe. Acusações e negações são negociadas até Joan ter um colapso; mas começamos a entender que o colapso não é devido tanto à exaustão, mas sim em função da crescente certeza de que as alegações de que ela foi uma espiã são verdadeiras.

Com a palavra, o diretor:

A história deixa claro que Joan resiste à pressão constante de seus amigos comunistas para divulgar e trair os segredos do projeto, do qual ela agora é inteiramente privada. Mas, assim com muitos dos cientistas que trabalharam no desenvolvimento da bomba na América, no Canadá e na Grã-Bretanha, ela sente uma vergonha e culpa esmagadoras quando armas de destruição em massa são desencadeadas primeiro em Hiroshima e, dias depois, em Nagasaki.

O que deve ser feito para evitar a destruição incessante em massa no futuro? Dividida entre seu inegável amor pelo obsessivo Leo, e seu amor crescente por seu chefe, Max, ela deve decidir. Se ela divulgar segredos (através de Sonya) para o inimigo da Guerra Fria Russa, ela será uma traidora ao seu país. Mas ela também pode, criando equivalência, salvar o mundo desta arma horrível.


Temos imenso privilégio de ter Judi Dench interpretando a Joan mais velha; ninguém poderia possivelmente ser mais substancial e crível como uma mulher que enfrenta um vasto problema moral, humano, político, pessoal e intelectual. Sua confissão apaixonada é o clímax do filme. Mas também temos a sorte de ter Sophie Cookson fazendo o papel de Joan, naquele período decisivo, entre ser uma caloura aos dezoito anos de idade e uma cientista já estabelecida, aproximando-se do seu trigésimo aniversário. Essa fase envolve encontros sexuais altamente carregados, situações cômicas, perigo e espionagem de fazer roer as unhas.

Tom Hughes como Leo e Stephen Campbell Moore como Max ignoram a existência um do outro e a disputa pelo afeto de Joan, enquanto Tereza Srbova, exuberante e extravagantemente nos mostra que Sonya é a amiga menos confiável de todas. Filmado em Cambridge e em Londres, o filme tenta contar uma história  fundamentalmente verdadeira de uma forma fundamentalmente verdadeira. Será que Joan estava certa em fazer o que ela fez?  O filme faz essa pergunta e espera que todos assistindo vão querer discutir, ponderar e sintam-se à vontade para debater este assuntos.


Sobre a produção:

Joan Stanley vive sua vida feliz e sem intercorrências de aposentada feliz nos subúrbios. Mas durante uma semana dramática a vida dela e de sua família são destruídas quando o MI5 prende a aposentada aparentemente normal e  a acusa de espionar seu país para os russos.

As assombrosas alegações nos transportam dos dias atuais para Cambridge, na década de 1930, quando a jovem Joan viveu um romance apaixonado com um russo carismático, e na década de 1940, quando a cientista talentosa - chocada com o poder devastador da bomba atômica - promete fazer o que for possível para fazer do mundo um lugar melhor.

Um elenco forte, liderado por uma performance caracteristicamente poderosa de Judi Dench é a adaptação do romance premiado, que foi inspirado por uma história verdadeira e surpreendente. Ele traz à vida a cultura de Cambridge Spies, que passou segredos para os russos durante a Segunda Guerra Mundial.

"A espiã vermelha" deu ao aclamado diretor Trevor Nunn a oportunidade de trazer para a tela a historia fascinante de espionagem entrelaçada com romance, perigo, drama e dilema moral.


Para o premiado diretor de teatro, o potencial do romance como filme foi evidente a partir do primeiro momento que ele olhou a contra capa do livro enquanto folheava numa livraria. “Eu devorei o livro”, lembra ele.

"Hoje em dia, quando você chega ao final de um livro, não há apenas uma nota biográfica sobre o autor, há também um endereço de e-mail para feedback. Eu escrevi para dizer: "Tenho certeza absoluta que os direitos do filme já se foram há muito tempo, mas definitivamente isso deveria ser um filme ". Em seguida recebi um e-mail de volta da escritora Jennie Rooney dizendo: "Não, os direitos do filme não foram vendidos e não consigo pensar em nada mais emocionante”.

Intrigado, Trevor contatou o produtor David Parfitt, cujos muitos filmes de sucesso incluem o filme vencedor do Oscar, Shakespeare apaixonado. "Eu enviei a ideia para David e ele respondeu imediatamente muito entusiasmado e então ele leu o livro e ficou ainda mais empolgado."

"Ele entrou no escritório, pulando de entusiasmo, daquele jeito do Trevor", lembra David. "Tem tudo pra ser um filme! Você só tem que ler. "Eu li e pensei, ele está absolutamente certo."


O romance de Rooney, embora fictício, foi inspirado pela extraordinária e controversa história verdadeira de Melita Norwood, cientista britânica e funcionária pública, que contou segredos à Rússia durante um período de quatro décadas através de seu trabalho em uma instalação pesquisando a construção de uma bomba atômica.

“ Vemos Joan pela primeira vez quando ela tem uns 80 e poucos anos , no ano 2000, vivendo tranquilamente em sua casa suburbana, quando de repente o MI5 chega, e ela é arrastada, presa e levada para interrogatório ”, diz David.

“Acontece que ela frequentou Cambridge na mesma época que um homem chamado Sir William Mitchell, que havia morrido recentemente e eles acham que ele pode fazer parte do Círculo de Cambridge (Cambridge Spy Rings). Eles acreditam terem achado uma ligação entre Joan, William e a KGB. Nossa história, na verdade, é o interrogatório da já octogenária Joan, e através dela, flashbacks de 1938 a 1947, e a história de sua vida, inicialmente como uma estudante de Cambridge e depois como um cientista trabalhando no projeto ultra secreto do Tube Alloys. ”

Um tema forte do filme é que Joan é provocada a espionar não por causa de uma ideologia comunista, mas porque ela está horrorizada com os atentados de Hiroshima e Nagasaki e quer garantir que isso nunca mais aconteça. Se todos os países têm os mesmos segredos, ela acha, o mundo seria um lugar mais seguro.


O que também é muito evidente é que ela não representava uma ameaça porque ela era mulher. "É uma espécie de tema durante todo o tempo que as mulheres naquela época ficavam em segundo plano, sem importância, ignoradas e, isso ofuscava  o fato de poderem  facilmente se envolver em espionagem ou algo mais ”, diz David.

“Há coisas incríveis que descobri. Eu não sabia nada deste mundo de Cambridge, mas você tem esse incrível Newnham College cheio de mulheres brilhantes, que acabaram de receber um certificado quando se formaram, não conseguiram um diploma como os homens. Notável. E isso continuou até depois da guerra.

“É tão chocante que tal distinção fosse feita e, de fato, quando eu pesquisei descobri que continuou a ser assim até 1951”, acrescenta Trevor. “Pensar que deveria haver um nível inferior de acreditação, apesar de terem realizado os mesmos exames.”

Apesar do filme trazer à vida a cultura de The Cambridge Spies, o tema do filme é a história de Joan, relata David. “Eu sabia uma coisa sobre o Círculo de Espiões de Cambridge; eles mantinham seus princípios comunistas intactos, espionando para a Rússia. Este não é o tema da história. Joan tem um papel muito claro - ela não está tão interessada no comunismo em particular, o fato é que ela encontrou um jovem muito atraente que é. Mas ela realmente resiste a todas as tentativas dele de convertê-la. No final, o que ocorre é um dilema moral em torno da guerra nuclear. Que qualquer coisa que ela possa ou não ter feito é por causa disso, e não por causa de suas opiniões políticas.”


"Acho que uma maneira simples de descrever; é uma história de pequena escala sobre um assunto gigantesco", diz Trevor. “Você conhece pessoas muito convincentes em um momento muito particular da vida e portanto, pode se relacionar com suas fraquezas, seus sonhos, seus anseios ”.

Joan começa a entregar segredos para a Rússia, enquanto trabalhava como secretária no projeto ultra secreto Tube Alloys, que pesquisava o potencial de desenvolvimento da bomba atômica.

“Ela é enviada para entrevistas, misteriosamente, porque são recomendações pessoais, para trabalhar em um projeto chamado Tube Alloys ”, diz Trevor. "É muito claro para ela, que assinou a Lei dos Segredos Oficiais, que até mesmo ser entrevistada era uma atividade altamente secreta ”.

Ela descobre o que o projeto envolve por meio de sua conexão com seu chefe, Max, e cientistas britânicos que estão correndo para desenvolver a ciência envolvida antes dos alemães, que estão realizando pesquisa similar a mando de Hitler. "Há uma urgência muito grande no que eles estão fazendo", acrescenta ele.

“Eles estão envolvidos em algo que vai mudar o curso da história mundial. Ou algo que impede que o curso da história do mundo se torne catastroficamente ruim. Eu acho que o fascínio é que a distinção de escala entre algo que é de pequena escala, de perto e crível e algo que, na verdade, é vasto.


Das páginas para a tela: a adaptação de um bestseller:

Para trazer "A espiã vermelha" para a tela, os produtores se voltaram para a experiente roteirista Lindsay Shapero, que imediatamente ficou animada com a profundidade, complexidade e potencial do romance de Jennie Rooney.

“Jennie fez de Joan alguém que estava fazendo isso por razões de passivismo, razões mais lógicas do que ideológicas. Acho que isso torna o personagem de Joan mais agradável, mais empático. Somos capazes de ver sua jornada mais a fundo do que somente como uma comunista bidimensional.”

“Ela fez um trabalho brilhante com a estrutura. Escrever um roteiro é trabalhar a estrutura. Você tem os dois cronogramas. Você tem a linha do tempo atual em que você está tentando descobrir se ela é uma espiã ou não. Isso dá a você um fantástico dispositivo de enquadramento para continuar voltando no passado, para decorrer a história conforme avançamos.”

"Com a linha do tempo atual, você tem que ter cuidado com uma coisa; não é a mesma cena acontecendo de novo e de novo. "Você fez isso?" "Não." Você tem que adicionar nessas cenas informações que mudam sua visão dos personagens. Você tem que introduzir elementos importantes da história. No presente momento, vemos as repercussões a longo prazo das coisas que aconteceram no passado. É por isso que os dois cronogramas são tão úteis”.


Além da estrutura, Lindsay foi atraída pela riqueza dos dilemas morais do romance, e a natureza complexa da história - em particular o romance entre a estudante Joan e Leo, um lindo jovem russo, com quem ela embarca em um apaixonado caso de amor. “Cada um vê o filme de forma diferente. Para mim, o filme sempre foi sobre: ​​Leo ama Joan? Ele é um homem capaz de amar? Leo é um personagem fantasticamente complicado. É sobre amor e obrigação e negócios. Eu sei o que sinto, mas acho que todo mundo pode sair com uma opinião diferente, e isso é realmente emocionante.

"Eu acho que também é sobre como alguém que é como todos nós acaba sendo atraída por algo realmente extremo. Espero que seja o que conseguimos com isso. Que você entende como uma jovem ordinária poderia ser sugada para o que muitos de nós chamaria de traição. Como você pode ter uma visão extremista sem ser um extremista. ”

Lindsay acrescenta que ter Dench no papel de Joan mais velha foi uma grande ajuda na condução de tal dilema moral. "Você tem uma vantagem enorme do seu lado porque ela consegue fazer com que tenhamos empatia pela personagem. Uma grande atriz com um enorme carisma. Para mim, é uma grande emoção ouvi-la  falando minhas palavras, e você sabe que alguém desse calibre pode fazer suas palavras soarem ótimas."


Os personagens:

Trazer uma história tão complexa e multifacetada para a tela grande - e defini-la em três linhas de tempo diferentes - exigiria as habilidades e a participação de alguns de nossos melhores talentos em atuação. Trevor Nunn soube imediatamente quem ele queria que atuasse como a Joan nos dias atuais. Sua grande amiga e colaboradora Judi Dench, com quem ele trabalhou no teatro muitas vezes, tinha tanta confiança no diretor icônico que ela concordou com o projeto antes mesmo de ver o roteiro.

"Eu conheci Judi em 1967. Nós fizemos shows juntos em 1969. Fizemos uma enorme quantidade de coisas juntos", diz Trevor Nunn. "Foi um sonho que se tornou realidade tê-la trabalhando em um projeto comigo novamente. É difícil manter uma cara séria. É de roer as unhas, é aterrorizante, é transformador e é uma piada. Foi maravilhoso compartilhar de suas ideias e quando ela está na frente da câmera – como explicar aquilo? – ela nos leva a outra dimensão. 

De sua parte, o envolvimento de Trevor foi o suficiente para que Judi demonstrasse interesse no projeto.



Ao ler o roteiro, Judi ficou fascinada por essa mulher aparentemente inócua e por esse segredo extraordinário que ela carregou ao longo da vida. "Ela é apenas uma pessoa muito comum, vivendo em uma casa comum que, em seus setenta anos, descobre-se que era parte do Circulo de Espiões de Cambridge. Ela era muito discreta. Ela tinha grande crença no que estava fazendo, sabia por que estava fazendo aquilo, e manteve isso pra si própria.

“Ela diz no filme que foi Hiroshima que lhe deu a convicção de querer fazer tal coisa. Eu lembro de como foi, do choque, e eu posso entender a ideia de alguém querendo fazer justiça, como ela diz. Para entender as motivações de Joan, devemos ver sua vida através de seus olhos, e a moldagem da jovem Joan foi crucial para o sucesso do filme. A atriz Sophie Cookson interpreta a jovem cujas experiências de vida carregam muito do filme.

A perspectiva de interpretar o jovem Joan atraiu Sophie assim que começou a ler o roteiro. "Foi o primeiro roteiro que eu li em muito tempo em que eu li do começo ao fim de uma vez – prendeu minha atenção desde o início. Eu sabia que Judi estava envolvida, que era como se fosse um alarme piscando: "Faça este projeto". E Trevor, que também é uma lenda, estava envolvido.


A atriz apreciou a ideia de ficar por trás das motivações dessa jovem interessante, e complicada, profunda, ajudando o público a entender a causa por trás do porque ela faz as escolhas que fez.

"Eu acho que é fácil acreditar que ela segue Leo e começa a dar todos esses segredos para o Russos porque ela está loucamente apaixonada por ele. Mas isso não é verdade, ela não acredita no comunismo como fundamento. Era só para tornar o mundo um lugar mais seguro. Mulheres naquela epoca eram subestimadas. É dito no filme, assim como no livro: "Eles nunca suspeitarão de nós porque somos mulheres".

"O mundo está a beira de um precipício e ela não consegue acreditar no que está acontecendo. E depois de Hiroshima, tendo estado tão envolvida, ela não consegue viver com isso. Ela não consegue imaginar nenhum outra opção a não ser garantir que todos os países tenham acesso a esses segredos para que o mundo seja mais seguro.”





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