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CREED II (2019) - FILM REVIEW

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"Ninguém baterá tão forte quanto a vida. Porém, não se trata de quão forte pode bater, se trata de quão forte pode ser atingido e continuar seguindo em frente. É assim que a vitória é conquistada. Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar."

Não há frase de defina mais Creed 2 que esta, dita por Rocky em um momento da saga.  O personagem de Stallone virou uma figura motivacional importante para muitos, além de se tornar o maior ícone do cinema, relacionado ao boxe.

Para quem não se lembra, sua jornada não foi fácil. Ela começou em 1976. Ele era um pequeno boxeador da classe trabalhadora da Filadélfia, que foi arbitrariamente escolhido para lutar contra o campeão dos pesos pesados, Apollo Creed, quando o adversário do invicto lutador se machuca. Creed achou que seria uma boa ideia dar uma chance a um desconhecido, enaltecendo o "ideal americano".  Na luta final, ainda que Rocky tenha sido derrotado (na dublagem brasileira a luta dá empate, acredite !!!), ele foi o grande vencedor, já que era um atleta que não tinha treinamento e nem condições ideais para estar naquela luta fazendo frente ao campeão.


Segue ai, duas jornadas distintas... A primeira, do lado de cá das telas, com Rocky Balboa galgando passos (ou filmes) para se tornar o ícone que pe hoje. E a segunda, mais dura, trata da jornada do personagem. Enquanto Stallone concorreu ao Oscar de melhor ator por Rocky, um lutador e posteriormente, como coadjuvante em Creed, Rocky sofre com suas perdas. Perde o título (Rocky 3), perde o amigo (Rocky 4), briga com o filho, perde a esposa, perde a luta (em Rocky Balboa), perde seu treinador, briga com o pupilo numa luta de rua memorável (Rocky 5) , briga com o filho, tem câncer, perde a fortuna, se isola...Ufa...Mas Rocky nunca abaixou a cabeça para a vida. 

Assim como Stallone, que sempre teve fama de brucutu e mau ator e se viu na condição de superar isto. E conseguiu com louvor (só um insensível para não se emocionar na cena final de Creed 2). E acreditem, foi também uma jornada difícil. Fez sucesso, teve fracassos, se reinventou, vieram fracassos, se reinventou de novo e depois, novamente. Stallone é um exemplo.

Sylvester Stallone escreveu o roteiro de Rocky - Um Lutador em apenas três dias, após assistir uma luta de boxe em que o desconhecido Chuck Wepner se mantinha sempre afastado do campeão Muhammad Ali. Rocky foi filmado em apenas 28 dias. 

Os produtores Irwin Winkler e Robert Chartoff ficaram tão interessados no roteiro que ofereceram US$ 350 mil para que Sylvester Stallone o vendesse a eles. Apesar de ter apenas US$ 106 em sua conta bancária naquele momento, Stallone disse que apenas venderia o roteiro caso fosse também confirmado como protagonista do filme. Sem alternativa, os produtores toparam, desde que ele continuasse trabalhando como roteirista sem receber salário e recebesse apenas o valor previsto na tabela sindical por seu trabalho como ator. 


Winkler e Chartoff ofereceram o projeto a United Artists, que aprovou um orçamento de US$ 2 milhões caso o filme fosse protagonizado por um grande astro da época, como Robert Redford, Ryan O'Neal, Burt Reynolds ou James Caan. Ao ser informado de que, por obrigação contratual, o protagonista seria Stallone, a United Artists baixou o orçamento para US$ 1 milhão. Além disto, impôs a exigência de que, caso o filme ultrapassasse o orçamento previsto, o extra seria bancado pelos produtores.

No fim das contas, o filme custou US$ 1,1 milhão, o que fez com que os produtores hipotecassem suas casas para pagar os US$ 100 mil extras que deviam ao estúdio. Valeu a pena, pois Rocky ganhou o Oscar de melhor filme. E olhem que não foi um ano qualquer. Tinha Taxi  driver, Rede de intrigas e Todos os homens do presidente.

De lá para cá, Stallone se reinventou em Rocky Balboa e o fez novamente em Creed. E o caminho natural era que Creed 2 tivesse alguma relação com o filme mais popular da série: Rocky 4. A produção fez, lá em 1985, mais dinheiro que qualquer outro filme da série, mesmo os mais novos. Então era compreensível que Rocky completasse mais esta jornada emocional: enfrentar, de alguma forma, o russo Ivan Drago.

No filme, Adonis Creed (Michael B. Jordan) saiu mais forte do que nunca de sua luta contra 'Pretty' Ricky Conlan (Tony Bellew), e segue sua trajetória rumo  a ser campeão mundial de boxe, contra toda a desconfiança que acompanha a sombra de seu pai e com o apoio de Rocky (Sylvester Stallone). Sua próxima luta não será tão simples, ele precisa enfrentar um adversário que possui uma forte ligação com o passado de sua família, o que torna tudo ainda mais complexo: o filho de Drago, que matou seu pai nos ringues. E para complicar, a mulher de Adonis (Tessa Thompson) está gravida, sugerindo ao telespectador o quão duro pode ser o golpe, caso Creed siga o caminho do pai. 


Mas ainda que o filme busque (e consiga com louvor) uma conexão emocional com os fãs da série, a produção foca mais na relação do casal. As lutas são um espetáculo a parte, e até mesmo Dolph Lundgren está ótimo no papel, do lutador envergonhado perante o país. E não se engane, mesmo usando tantos elementos da série Rocky, Creed é um spin off com identidade, criando a própria jornada do personagem.

Por mais que, ao assistir o filme, você imagina os caminhos que serão traçados pelo roteiro, a emoção ao assistir é tão grande, que gera dúvida sobre suas convicções.  Ao final, quando entoa a famosa trilha, você sente que tudo é possível quando se pretende conseguir algo. E afinal, não era esta a mensagem do primeiro filme?

Creed 2 sugere a despedida do personagem das telas (o próprio Stallone disse que aposentou do personagem), mas sabemos que no cinema tudo é possível. Rocky mesmo nos ensinou isto.


Sobre a produção e elenco

Tessa Thompson como Bianca, Phylicia Rashad como Mary Anne, Wood Harris como Tony "Little Duke" Burton e Andre Ward como Danny "Stuntman" Wheeler reprisam seus papéis.  O novo elenco é completado com Florian “The Big Nasty” Munteanu como Viktor Drago, Dolph Lundgren retornando ao papel de Ivan Drago e Russell Hornsby como Buddy Marcelle. Dois atores reprisam papéis, mas se eu disser quem são, vou estragar a surpresa. 

Caple Jr. dirige a partir de um roteiro original escrito por Stallone baseado nos personagens da franquia Rocky. O filme é produzido por Irwin Winkler, Charles Winkler, William Chartoff, David Winkler, Kevin King-Templeton e Stallone. Coogler, Jordan e Guy Riedel os produtores executivos.

Colaborando com Caple Jr. está a equipe criativa liderada pelo diretor de fotografia Kramer Morgenthau (“Thor: O Mundo Sombrio”, “Game of Thrones”); desenhista de produção Franco Carbone (“Os Mercenários”, “Billionaire Boys Club”); figurinistas Lizz Wolf (“Direito de Amar”, “Dreamgirls – Em Busca de um Sonho”); diretor de arte Jesse Rosenthal (“Pantera Negra”, “Trumbo: Lista Negra”); o coordenador de luta Daniel Hernandez (“Vingadores: Guerra Infinita”, “Velozes e Furiosos 8”); assessor técnico de boxe Robert Sale (“Ajuste de Contas”); o coordenador de efeitos especiais Patrick White (“Em Ritmo de Fuga”, “Horizonte Profundo – Desastre no Golfo”) e o produtor de efeitos visuais Crystal Dowd (“Straight Outta Compton: A História do N.W.A.”, “A Escolha Perfeita 2”). As filmagens ocorreram principalmente na Filadélfia, com localizações adicionais no Novo México.

Veja o trailer abaixo:

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