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QUEM FOI O VERDADEIRO FRANK ABAGNALE JR


Frank William Abagnale Jr. nasceu no ano de 1948 e desde cedo demonstrava certo dom para a arte da enganação. Em uma ocasião que trocara de escola ele acabou passando-se pelo professor substituto sem que os outros alunos percebessem, dando aulas por alguns dias como professor de língua francesa. Um dos motivadores para Frank iniciar os seus golpes financeiros foi sem dúvidas o divórcio dos seus pais. Assim que eles se separaram, Frank foi questionado pelo juiz com quem gostaria de viver. Sem saber o que responder, ele decidiu fugir de casa, em 1964 (com apenas 16 anos), ficando 7 anos sem falar com sua mãe.

Frank idolatrava o pai que dez vez em quando fazia um do seus pequenos truques, com isso em mente, um talão de cheques e a falta de recursos ele começou a passar cheques com o valor maior que tinha, ou seja, sem fundos. A partir daí percebeu uma oportunidade de fazer dinheiro. Inicialmente ele nem sempre tinha êxito, pois como era jovem e “comum “ não passava muita credibilidade até porque depois que os seus cheques voltaram o banco bloqueou a sua conta.

Agora, fraudador, Frank decidiu que era hora de abrir contas em outros bancos, e para tal forjou também novas identidades, além é claro, de investir na sua aparência e desenvolver diferentes técnicas de fraude, como imprimir seus próprios cheques, cópias quase perfeitas dos originais, usando-os e persuadindo os funcionários dos bancos a liberar o dinheiro que de fato nunca se materializou, já que todos os cheques uma hora ou outra eram devolvidos.


O Piloto

Para se ter uma imagem respeitada e assim conseguir convencer as pessoas, bem como os agentes bancários, Abagnale se disfarçou de piloto de uma companhia aérea chamada PanAm, dessa forma ele ainda conheceu diversas partes do mundo sem ao menos ter que pagar, já que pilotos costumam ganhar viagens livres de custo como cortesia. 

Vale lembrar que ele forjou um cartão falso de identificação de piloto a partir de um cartão de identificação modelo, além de um certificado de piloto da FAA (Federal Aviation Administration) de um funcionário que ele entrevistou para este fim, como se não bastasse, Frank adquiriu um uniforme da empresa fazendo-se passar por um piloto verdadeiro que havia perdido o seu em uma lavanderia. 

Médico

Com tantos golpes bancários, eventualmente a polícia começava a chegar mais perto de pegar o jovem, por esse motivo Abagnale decidiu que era chegada a hora de trocar de profissão, optando por seguir na Medicina. Atuando como pediatra em um hospital do estado da Geórgia, Frank, agora Conners, acabou fazendo amizade com um médico de verdade e rapidamente se tornou o supervisor residente. Normalmente Frank dava um jeito para que os procedimentos mais complexos ficassem na mão dos seus colegas, contudo, como não sabia praticamente nada de Medicina quase foi demitido por ter deixado uma criança morrer por pura incompetência.


Advogado

Após quase um ano trabalhando irregularmente como médico, Abagnale rumou para uma outra área bem diferente, dessa vez ele decidira atuar como advogado e para tal, forjou um diploma da Universidade de Harvard e pasmem, acabou passando no exame para ser o desembargador geral do estado da Louisiana, onde logo em seguida se instalou.

O próprio Frank dizia que passou de forma legal, afinal, “no Estado da Louisiana você podia fazer o mesmo exame quantas vezes precisasse. Era apenas uma questão de eliminação das suas respostas erradas anteriormente.”

Dessa maneira, ele obteve êxito na terceira vez que prestou o exame, porém como era constantemente questionado sobre sua estadia por um advogado que de fato se formou em Harvard, acabou se demitindo, afinal ficaria muito difícil esconder a verdade por tanto tempo de alguém assim.


Professor

Frank também revelou que por um tempo atuou como professor após mais uma vez ter forjado um diploma, ensinando Sociologia na Universidade de Columbia, porém tal história nunca foi confirmada pela instituição, já que a mesma afirma que jamais houve registro de tal emprego.

Depois de algum tempo ele foi morar na Califórnia onde conheceu uma mulher chamada Rosalie por quem se apaixonou, revelando para ela toda a sua história. A moça prometera que jamais contaria nada do que ouviu, entretanto, algum tempo depois Frank foi localizado pela polícia e logo imaginou que Rosalie havia dado com a língua nos dentes e mais uma vez pôs se em fuga.

Durante cinco anos de muita fraude, Frank viveu sob oito identidades, sem contar as inúmeras usadas para falsificar cheques. Calcula-se que o “lucro” dele na época ficasse na casa dos US$ 2,5 milhões em passando cheques em cerca de 26 países.

Essa grana foi utilizada para ele viver um caro estilo de vida onde esbanjava comendo em restaurantes requintados, comprando roupas caras, dando festas e namorando uma extensa lista de comissárias de bordo, além é claro de investir nos seus próximos golpes.


Prisão

Mas o dia de ser pego finalmente chegou para Frank Abagnale no ano de 1969, quando uma aeromoça reconheceu o seu rosto em um daqueles famosos cartazes de “procura-se”. Foi a polícia francesa que o prendeu, porém todos os 26 países lesados pelas fraudes exigiam sua extradição.

Ele ficou cerca de 6 meses preso na casa de detenção de Perpignan na França, lugar onde por pouco não morreu, após isso foi mandado para a Suécia até quem um juiz revogou seu passaporte americano e o deportou para os Estados Unidos para prevenir futuras extradições. Frank Abagnale por fim foi sentenciado a cumprir 12 anos de prisão em uma penitenciária federal por uma série de crimes como: fraude e falsidade ideológica.

Por fim, consultor do FBI e empresário

Parece que em algumas situações sim, afinal no ano de 1974 Frank foi convocado pelo governo dos EUA para ajudar o FBI a solucionar casos envolvendo fraudes bancárias, assim ele ganharia novamente sua liberdade.

Depois de livre, ele trabalhou nos mais diversos segmentos até ter a brilhante ideia de fazer uma proposta a um banco, na qual ele se ofereceria para palestrar e revelar diversos truques que os trapaceiros usavam para enganar as instituições.

Como era de se esperar, Abagnale não só conseguiu convencer a todos como transformou o seu “dom” para ganhar a vida como consultor e fundar a Abagnale & Associates onde até hoje adverte o mundo dos negócios sobre fraudes, e ministra palestras pelo mundo todo, conquistando respeito, fama e é claro uma grande fortuna.


E ainda virou filme...

Inicialmente caberia a Gore Verbinski (O Chamado) dirigir Prenda-me Se For Capaz. Entretanto, como Leonardo DiCaprio foi obrigado a rodar novamente algumas cenas de Gangues de Nova York a produção do filme foi adiada por vários meses, o que fez com que Verbinski se desligasse do projeto. Após a desistência de Gore Verbinski, Prenda-me Se For Capaz foi oferecido e recusado pelos diretores Lasse Hallström, David Fincher, Milos Forman e Cameron Crowe.

O ator James Gandolfini inicialmente interpretaria o personagem Carl Hanratty, tendo desistido do papel devido aos atrasos no início da produção do filme e ao compromisso já firmado com a série de TV A Família Soprano.

O filme foi aclamado pela crítica especializada. Com tomatometer de 96% em base de 194 críticas, o Rotten Tomatoes publicou um consenso: “Com a ajuda de um forte desempenho de Leonardo DiCaprio atuando como o  golpista Frank Abagnale, Steven Spielberg artesanou um filme elegante, despreocupadamente divertido e surpreendentemente doce”. Tem 89% de aprovação por parte da audiência, usada para calcular a recepção do público a partir de votos dos usuários do site.

Foi indicado a Oscar, Globo de Ouro, Bafta e outros prêmios. Mas afinal, alguém duvidava que Frank passaria a lábia no público também?






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