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10 ASSUSTADORES CASOS REAIS DE ABDUÇÕES QUE FORAM ADAPTADOS PARA O CINEMA


Vamos aos 5 primeiros filmes e casos. Não vou fazer introdução porque muito já será falado neste post, que inclusive ficou tão longo que foi dividido em duas partes:

1) Estranhos Visitantes (1989)
Direção: Philippe Mora

SINOPSE:

No dia 26 de dezembro, Whitley Strieber foi esquiar com sua família, comeu as sobras do jantar de Natal e foi para a cama cedo. Seis horas depois, acordou e nada era como antes. Começa assim uma das mais impressionantes histórias verdadeiras já contadas — a experiência de um homem com visitantes de outro mundo. O caso de Strieber foi transposto para o cinema por desejo do próprio.

O filme é baseado no bestseller de mesmo nome (Communion de 1986) e narra uma das mais impressionantes histórias já relatadas: as experiências do famoso escritor americano com visitantes de um outro mundo. Como eles o encontraram, onde o levaram, o que fizeram com ele e por quê?

CASO

No dia 26 de dezembro de 1985, Strieber, sua mulher Anne, o filho Andrew e os amigos Alex e Sara vão para o seu chalé, isolado nas montanhas ao norte do Estado de Nova York. Quando chegam presenciam o aparecimento de uma série de fenômenos - como luzes brancas brilhantes - e ouvem estranhos ruídos. Strieber tem um sonho; na manhã seguinte descobre que sua esposa, filho e amigos tiveram o mesmo sonho. Assustados decidem, rapidamente, retornar à cidade...

O escritor está deprimido pois não consegue dar início ao seu próximo livro. A família acredita que ele está sofrendo alucinações e o convence a procurar um psicanalista para tentar esclarecer as confusões em sua mente. Com a ajuda de sessões de hipnose, descobre que as experiências que o vem assombrando possivelmente são causadas por encontros com seres de outros planetas, dando forma a algum tipo de conexão espiritual.

O escritor Whitley Strieber e o diretor de cinema Philippe Mora se conheceram no fim dos anos 60, na Escola de Cinema de Londres. Vinte anos mais tarde, num trabalho conjunto, os dois produziram a versão para o cinema do livro Comunhão, de Strieber. Surgiram inúmeros boatos e expectativas nos meios cinematográficos.

Contudo, apesar das inúmeras críticas, o filme finalmente teve sua premiére mundial em 21 de outubro de 1990, no Cine Stage II, em Aspen, Colorado, sem dar importância aos boatos que surgiram. Para o lançamento mundial, aproveitou-se a ocasião do Fórum dos Contatos Imediatos de 4º Grau, realizado no Instituto Givens e presidido por Larry Koss. A conferência teve participação de pelo menos 100 pessoas, incluindo 7 abduzidos. Curiosamente, a estréia do filme esteve ameaçada de um cancelamento de última hora pelo próprio Strieber, por razões que só ele sabe...


UMA RARA PERSONALIDADE, UM RARO FILME

Quanto ao elenco. Estranhos Visitantes tem o ator Christopher Walken no papei do contatado Strieber, a atriz Lindsay Crouse como sua esposa, e Joel Carlson como o jovem Andrew. Frances Sternhagen faz uma pequena ponta como a psiquiatra a quem Strieber recorre para tentar compreender sua estranha experiência. O diretor Mora contou com a ajuda de Strieber no roteiro, detalhe importante para o andamento da trama, inegavelmente, o estrelismo de Walken roubou a cena do filme. Mas apesar disso, é difícil imaginar qualquer outro ator interpretando Strieber. Depois de muitos estudos, com gestos detalhadamente analisados, transformados em expressões evasivas e cheias de maneirismos, Walken conseguiu interpretar a rara personalidade de Strieber. O personagem deveria expressar o difícil momento de um escritor de sucesso de Nova York, à beira de um esgotamento nervoso em virtude da falta de inspiração para escrever um livro.

No filme, Strieber deveria aparecer como um ser humano justificavelmente confuso, imerso numa anarquia mental em razão de um contato com seres alienígenas. Seria desnecessário dizer que os eventos consequentes colocam seu casamento de pernas para o ar. Sua esposa, Anne Strieber, sente-se confusa e preocupada com seu casamento e a saúde mental do marido, resolvendo apoiá-lo, ainda que compreensivelmente sua participação no filme seja menor. A performance de Walken, evidentemente, é digna de uma indicação para o Oscar, embora todos saibam que isto é algo difícil de acontecer por razões além do seu controle.

Há a nítida sensação de que ele influiu consideravelmente no ritmo do texto de Strieber durante toda a filmagem. Mora também realizou um bom trabalho no que diz respeito aos efeitos especiais, ombreando a produção às maiores do gênero dentro do padrão hollywoodiano dos mega orçamentos. Tudo bem que certos efeitos, incluindo os próprios extraterrestres que aparecem no filme, poderiam ter sido mais convincentes... Assim, algumas trucagens chegam a se sobressair. Um exemplo são os momentos em que o diretor fotografa Walken em duas câmeras, uma com alimentador para filmagem e outra com lentes de ângulo aberto, de plano horizontal, para afastar o ator enquanto o segundo plano vem à cena. Essa técnica dá a sensação simultânea de isolamento físico e "comunhão" espiritual.


COMUNHÃO

Foi assim que Whitley Strieber conseguiu definir, numa só palavra, as sensações adquiridas em suas experiências de abduzido: o sentido de tornar algo comum, dividir, compartilhar. Uma expressão que sozinha revela o significado de muitos mistérios, encontros e dúvidas, propondo uma importante reflexão sobre os contatos extraterrestres. Ou seja, a abdução pode ser uma via de mão dupla, capaz de proporcionar também uma enriquecedora troca entre humanos e ETs. No filme Estranhos Visitantes, produzido em 1990 nos Estados Unidos, é possível perceber alguns detalhes da enigmática situação vivida por Strieber. O filme tenta mostrar o universo psíquico do abduzido, universo este que sempre apresenta mais interrogações do que respostas. A trama gira em tomo de um contatado que busca desvendar os mistérios de suas abduções, cujas lembranças são sempre sombrias e vagas, só retomando ao nível consciente através de métodos hipnóticos. Estranhos Visitantes, embora tenha sido baseado no livro de Strieber, não apresenta uma descrição fiel dos fatos nele narrados.

Mas isso já era de se esperar. Jamais um filme conseguirá reproduzir integralmente qualquer obra literária, pois trata-se de uma outra forma de linguagem, compondo oralidade, imagem, música e outros detalhes que somente o cinema pode oferecer. A história de Strieber é complexa em demasia, sendo que o filme sobre ele deve servir apenas como indicador de uma busca maior a respeito de seus contatos. Estranhos Visitantes tem muitas características singulares e positivas, que proporcionam ao espectador reflexões de suma importância. Strieber não foi abduzido somente uma ou duas vezes. Isto é: as abduções fazem parte de um longo processo de monitoramento do contatado, que geralmente tem início há muito mais tempo do que se imagina - no caso de Strieber, desde sua infância.

2) Intrusos (1992)
Direção: Dan Curtis

SINOPSE:

Quando o respeitado psiquiatra Dr. Neil Chase (Richard Crenna) começa a tratar Lesley Hahn (Daphne Ashbrook), que sofre de alucinações paralisantes, perdas de memória e paranoia maníaca, nenhuma explicação racional se parece ajustar àquele caso. Entretanto, uma dona-de-casa do Nebraska, Mary Wilkes (Mare Winningham) sofre dos mesmos sintomas. E quando o Dr. Chase a encontra e aprofunda ainda mais os dois casos, as semelhanças entre as suas histórias de pesadelo levam o que era antes céptico para o mistificador mundo dos raptos por OVNIs. Há mesmo uma presença extraterrestre a trabalhar aqui e, se é assim, vieram estes visitantes para salvar um mundo velho... ou para começar um novo?

Um filme surpreendente para todos e especialmente apaixonante para os amantes do gênero, colocando o expectador em contato com vasta documentação e evidências físicas comprovadas...

CASO

Baseado em mais de 600 histórias verídicas e no best-seller do aclamado ufólogo norte-americano Budd Hopkins que hoje compõem um vasto arquivo de histórias vividas por muitas pessoas que passaram por experiências com seres extraterrestres, e que neste filme colaboraram com renomados pesquisadores do assunto na reconstituição dos episódios. Este thriller de ficção científica explora o mundo bizarro e sombrio dos encontros com extraterrestres. Budd Hopkins é autor de diversas obras e com mais de 30 anos em pesquisas efetivas sobre abduções, em centenas de casos investigados pessoalmente.


Um estudo desenvolvido por ele afirma que 2% da população mundial diz já ter sido vítima desse tipo de contato.  O mais intrigante é que os relatos são bem parecidos. Em geral, as descrições são mais ou menos assim: a pessoa diz ter visto uma luz forte e, em seguida, ter sido levada por essa luz para dentro de uma nave. Lá, estranhos seres a teriam submetido a exames clínicos. Depois, normalmente, a vítima não consegue se lembrar conscientemente do processo que sofreu – ela só conta hipnotizada. Mas é comum a pessoa apresentar sinais físicos, como perfurações, marcas de retirada de sangue e até supostos implantes.

É o único filme desta lista que é composto de várias histórias reais, e não somente de um caso específico.

3) FOGO NO CÉU (1993)
Direção: Robert Lieberman

SINOPSE:

Snowflake, Arizona, 5 de novembro de 1975. Travis Walton (D.B. Sweeney) é um lenhador que, diante de alguns amigos, é atingido por uma luz misteriosa e some por vários dias. Há uma forte suspeita dele ter sido morto e ninguém crê na versão que possa ter sido seqüestrado por alienígenas. Ao reaparecer Travis não se lembra onde esteve, mas aos poucos as lembranças da sua experiência vêm à tona.

O CASO

O caso Travis Walton diz respeito a uma série de acontecimentos com um lenhador americano (foto abaixo) a partir de novembro de 1975, quando teria sido abduzido por um disco voador no Parque Nacional de Apaches-Sitgreaves, nos Estados Unidos, sob a vista de amigos e reaparecendo cinco dias depois. O caso de Walton recebeu considerável publicidade da mídia, sendo um dos exemplos mais conhecidos de alegada abdução alienígena, e um dos poucos com testemunhas oculares. Nunca antes um relato de abdução começou da maneira relatada por Walton e seus colegas de trabalho; além disso, o caso é singular no aspecto de que o protagonista desapareceu por dias a fio, com policiais à sua procura.

Contexto do caso...

O caso começou no dia 05 de novembro de 1975. Walton era empregado de Mike Rogers, que durante nove anos fora contratado pelo Serviço Florestal para diversas tarefas. Rogers, então com 28 anos, e Walton, com 22, eram melhores amigos; Travis namorava a irmã de Roger, Dana, com quem mais tarde se casaria. Os outros homens no grupo eram Ken Peterson, John Goulette, Steve Pierce, Allen Dallis e Dwayne Smith, que viviam na pequena cidade de Snowflake, Arizona. Rogers fora contratado para podar árvores baixas e outros arbustos em uma grande área. O trabalho era o contrato mais lucrativo de Rogers, mas seu pessoal estava com o cronograma atrasado. Assim, precisavam trabalhar durante longos turnos para atender o contrato, normalmente das 6h da manhã até o por do sol.


Uma descoberta no meio da mata...

Pouco depois das 18h, no anoitecer de 5 de novembro, Roger e seu grupo haviam terminado seu trabalho naquele dia e se acomodavam na caminhonete para voltarem à cidade. O grupo informou que logo depois de começar o trajeto, viu uma luz brilhante vindo de trás de uma colina. Ao se aproximar de carro o bastante para ver a fonte da luminosidade, perceberam que esta emanava de um objeto discóide parado a uns 6m de altura e dividido por linhas verticais escuras. O disco tinha aproximadamente 2,5m de altura e 6m de diâmetro.

Rogers diminuiu a velocidade da caminhonete até parar, após o que, segundo eles, Walton saltou da caminhonete e correu em direção ao disco. Os outros homens disseram que gritaram para que Walton voltasse, mas ele continuou em direção ao disco. Os homens relataram que Walton estava quase abaixo do disco quando o objeto começou a emitir ruídos muito altos, similares aos de uma turbina. A espaçonave começou a rodopiar e Walton se abaixou atrás de uma pedra. Ao se levantar para voltar à picape sentiu como que uma alta descarga elétrica e desmaiou. Ele aparentemente não viu o que o acertou, mas seus amigos sim: um forte raio de luz azul saído do disco.

Rogers disse mais tarde que estava convencido de que Walton morrera e, assim, se afastou dirigindo rapidamente pela estrada acidentada, com medo de que o disco estivesse perseguindo a caminhonete. Quando já estavam distantes do local, Rogers olhou para trás e viu que nada os seguia. As discussões começaram sem demora. Peterson e Rogers disseram que eles deveriam voltar e pegar Walton, mas alguns rejeitaram a ideia. Logo depois, todos concordaram em voltar. Ainda estavam se aproximando do local do incidente quando Rogers, o motorista, conseguiu ver rapidamente entre as árvores, ao longe, o objeto luminoso subindo e afastando-se em alta velocidade. Quando chegaram ao lugar onde haviam abandonado Walton, estava tudo quieto. Ainda receosos, saíram do veículo juntos, mas acabaram por se separar para vasculhar melhor a área, chamando pelo amigo. Inicialmente eles ficaram aliviados por não encontrar nenhum corpo, achando que Walton havia escapado.


A busca por Travis Walton...

Aproximadamente às 19h30, Peterson ligou para a polícia. O agente Chuck Ellison respondeu à chamada. Inicialmente, Peterson informou que um membro de sua equipe de madeireiros estava desaparecido. Em seguida, Ellison se encontrou com os homens em um centro comercial, onde relataram a história, todos eles perturbados, dois em prantos, e embora estivesse cético a princípio sobre aquele relato fantástico, Ellison mais tarde refletiu que se estivessem fingindo, eram tremendamente bons naquilo. Rogers insistia em retornar ao local imediatamente para procurar por Walton, com cães farejadores, se possível. Não havia cães disponíveis, mas os policiais e alguns dos homens retornaram ao local. Três dos membros do grupo estavam perturbados demais para serem úteis em uma busca e, assim, decidiram voltar para Snowflake e relatar as más notícias aos amigos e familiares.

De volta ao local, os policiais começaram a suspeitar da história relatada pelo grupo, principalmente porque não havia nenhum indício físico para comprovar o relato. Embora mais policiais e voluntários chegassem ao local, não encontraram nenhum sinal de Walton. As noites de inverno podem ser bem frias nas montanhas e Walton usava somente jeans, uma jaqueta de brim e uma camiseta. A polícia temia que Walton pudesse sucumbir à hipotermia se estivesse perdido.

Na manhã de 06 de novembro, muitos agentes e voluntários haviam vasculhado a área no local em que Travis desaparecera. Nenhum vestígio dele fora descoberto e a suspeita aumentava entre os policiais de que a história do Ovni fora inventada para encobrir um acidente ou homicídio. No sábado de manhã, Rogers e Duane Walton chegaram ao escritório do xerife Gillespie explosivamente furiosos por terem retornado ao local e não encontrado nenhum policial lá. Naquela tarde, a polícia buscava por Travis com helicópteros, homens a cavalo e jipes.


Publicidade do desaparecimento...

No sábado, a notícia do desaparecimento de Walton já havia se espalhado internacionalmente. Repórteres, ufólogos e curiosos começaram a chegar a Snowflake. Entre os visitantes estava Fred Sylvanus, um investigador de discos voadores que entrevistara Rogers e Duane Walton. Embora repetidamente expressando preocupação pelo bem-estar de Travis, ambos os homens deram declarações que os atormentariam quando usadas pelos críticos.

Nas gravações feitas por Sylvanus, Rogers notou que, por causa do desaparecimento de Travis e da busca posterior, não conseguiria cumprir seu contrato com o Serviço Florestal e esperava que a busca por seu amigo desaparecido aliviasse a situação. Duane Walton informou que ele e Travis tinham bastante interesse em ufologia e que uns doze anos antes Duane vira um Ovni similar àquele visto pelo grupo de madeireiros. Duane relatou que ele e Travis haviam decidido que, se tivessem chance, chegariam mais perto possível de qualquer disco voador que vissem. Mais tarde, Travis diria que nunca tivera um grande interesse em ufologia, mesmo depois da suposta abdução.

Logo depois da entrevista de Sylvanus, o delegado de Snowflake, Sanford Flake, declarou que todo o caso fora uma peça engendrada por Duane e Travis. Eles haviam enganado a turma de madeireiros acendendo um balão e soltando-o no momento apropriado. A esposa de Flake discordava, dizendo que a história do marido era tão forçada quanto a de Duane Walton.


Passando pelo polígrafo...

Na segunda-feira, 10 de novembro, todos os outros membros do grupo de Rogers passaram por um teste com o polígrafo. Seu questionário perguntava se algum dos homens fizera algum mal a Travis, se sabiam onde o corpo de Travis estava enterrado e se disseram a verdade sobre terem visto um disco voador. Todos os homens negaram ter ferido Travis, negaram saber onde seu corpo estava e insistiram que realmente viram um Ovni. No final, foi constatado que todos eles estavam falando a verdade sobre o que tinham visto na floresta. Após os testes do polígrafo, o xerife Gillespie anunciou ter aceitado a história da abdução.

O retorno de Travis Walton...

Pouco antes da meia-noite de segunda-feira, 10 de novembro, Grant Neff relatou ter atendido o telefone de sua casa. Neff era casado com a irmã de Travis, Alison. O outro lado, uma voz tênue disse: “É Travis. Estou em uma cabine telefônica no posto de gasolina de Heber e preciso de ajuda. Vem me buscar”. Neff disse que, no início, pensou ser mais um trote. Contudo, antes que Neff desligasse o telefone, a pessoa falou novamente, quase histérica e gritando: “Sou eu, Grant! Estou ferido e preciso muito de ajuda. Vem logo me buscar”. Neff reconsiderou a identidade da pessoa do outro lado da linha: seu pânico parecia genuíno e, assim, Neff e Duane Walton dirigiram até o posto de gasolina.

Eles disseram ter encontrado Travis lá caído. Usava as mesmas roupas de quando desapareceu, ainda inadequadas, já que a temperatura era de aproximadamente -7°C, parecia mais magro e não ter se barbeado durante o tempo em que esteve ausente. Durante a viagem de volta a Snowflake, Travis parecia assustado, trêmulo e ansioso, balbuciando repetidamente sobre seres com olhos terríveis. Pensava que estivera ausente apenas por algumas horas. Quando soube que sumira por quase uma semana, pareceu atordoado e parou de falar.

Duane Walton disse que decidiu não revelar a volta de Travis imediatamente, preocupado com a condição aparentemente frágil de seu irmão. Por não avisar as autoridades, Duane seria acusado de cumplicidade na ocultação de indícios que ele e Travis poderiam não querer que a polícia visse. Na casa de sua mãe, Travis disse que tomou banho e comeu, mas que não conseguia deixar de vomitar, mesmo após refeições leves.


Após receber informação de um funcionário da companhia telefônica aproximadamente às 2h30min, a polícia soube que alguém ligara para a família Neff de um telefone público no posto de gasolina de Heber. Gillespie enviou agentes para coletar impressões digitais das cabines, mas tanto quanto os agentes puderam perceber no escuro, nenhuma das impressões era de Travis. Esse fato seria notado por críticos que pensavam que todo o caso era um trote, enquanto os que defendem o caso alegaram que um exame de impressões digitais feito no escuro, nas primeiras horas da madrugada, por dois agentes usando lanternas, dificilmente seria o ideal, sequer suficiente.

O retorno de Travis ganha as manchetes de todo o mundo...

Na tarde de terça-feira, o retorno de Travis vazou para o público. Duane recebeu um telefonema de Spaulding e disse a ele que não importunasse a família novamente. Entre outros telefonemas à procura de notícias sobre o retorno de Travis, um veio de Coral Lorenzen, da Apro, um grupo civil de pesquisa de Ovnis. Coral prometeu a Duane que ela providenciaria que Travis fosse examinado por dois médicos, um clínico geral, Joseph Saults, e um pediatra, Howard Kandell, na casa de Duane, que concordou.

Entre o telefonema de Lorenzen e o exame do médico, outro personagem apareceria e complicaria enormemente a história. Lorenzen recebeu um telefonema de um funcionário do “National Enquirer”, um tabloide americano conhecido por seu tom sensacionalista. O funcionário do “Enquirer” prometeu financiar as investigações da Apro, em troca da cooperação para ter acesso aos Walton. Uma vez que os recursos financeiros do jornal eram bem maiores que os da Apro, Lorenzen aceitou o acordo.

O exame médico revelou que Travis estava essencialmente em boas condições, mas que duas características incomuns foram notadas: um pequeno ponto vermelho na dobra do cotovelo direito de Travis, condizente com a picada de uma injeção, porém os médicos notaram que o ponto não estava próximo de nenhuma veia. A análise da urina de Travis revelou uma falta de cetonas. Isso era incomum, já que Travis estivera ausente por cinco dias com muito pouca ou nenhuma comida, conforme insistia (e sua perda de peso sugeria), e seu corpo já deveria ter começado a consumir gorduras para sobreviver, elevando os níveis de cetonas na urina. Os críticos argumentariam que essa incoerência seria um indício contra a história de Travis.


Travis especularia mais tarde que a marca em seu cotovelo poderia ter sido contraída durante o trabalho com a madeira. Os críticos especulariam que a marca demonstrava que Travis (ou outra pessoa) injetara drogas em seu sistema. Os exames médicos, porém, não encontraram nenhum indício disso. Quando o xerife Gillespie soube do retorno de Travis através da mídia, ficou furioso. Gillespie pensava ter demonstrado sua crença na história de discos voadores com seu anúncio após os testes do polígrafo. Duane, contudo, ainda estava ressentido com o que acreditava ter sido um esforço apático das buscas por Travis. Travis, então, contou a Gillespie o que acontecera durante os cinco dias em que estivera ausente. Foi a primeira vez em que contou o ocorrido a alguém, a não ser sua família e amigos mais chegados.

Dentro do suposto disco voador...

De acordo com Walton, ele foi abduzido pelo Ovni. Quando voltou a si, estava cheio de dores pelo corpo, num enorme mal-estar físico. Nos primeiros instantes não se atreveu a abrir os olhos, tal era a dor. Finalmente os abriu e começou a distinguir as primeiras formas. Percebeu que estava deitado sobre uma mesa e viu um retângulo no teto do qual saía uma luz difusa que iluminava a sala. Pensando estar num hospital e ainda com a visão debilitada, ele sentiu uma pressão no abdômen e percebeu que três figuras, provavelmente médicos, vestidos de vermelho, colocaram um estranho aparelho metálico na sua barriga.

Walton começava a achar estranha a cor das roupas dos médicos que o examinavam quando recuperou a visão abruptamente. Olhou então melhor e ficou chocado: não eram médicos que o observavam, mas sim pequenas criaturas com olhos escuros enormes. As suas cabeças eram desproporcionais em relação ao corpo e não apresentavam cabelos nem nariz ou orelhas salientes. As suas roupas eram constituídas por uma peça única, sem cintos nem qualquer tipo de adereços. “Pareciam com fetos”, diria mais tarde.

Assustado, Walton levantou-se rapidamente da mesa empurrando uma das criaturas e fazendo o aparelho que estava na sua barriga cair no chão. Ele percebeu que os seres eram bem leves e fáceis de derrubar. No entanto, Walton ainda estava muito enfraquecido e não conseguiu se aguentar nas pernas, apoiando-se na mesa. Ao ver que as criaturas aproximavam-se para agarrá-lo, tentou então vencer a sua fraqueza, pondo-se de pé e agarrando um tubo transparente de cima da mesa. Tentou quebrar a parte de cima para poder ameaçar os seres, mas o objeto era inquebrável. Os seres faziam sinais de “não” ou “pare”. Walton começou a gritar para as criaturas se afastarem. Depois de o encararem por alguns instantes, os seres saíram por uma porta atrás de si rapidamente, em direção a um corredor. Walton, nervoso, e apoiando-se numa bancada, começou a observar os estranhos objetos do aposento à procura de algo melhor para se defender caso as criaturas voltassem.

Vendo que nada acontecia, decidiu também ele sair pela porta em direção ao corredor, onde não se via ninguém. Passou por uma porta à esquerda que dava para o que parecia ser uma sala, mas não se atreveu a olhar lá para dentro, tal era o medo. Mais à frente, outra porta, desta vez à direita. Walton abrandou o passo, na esperança de encontrar ali uma saída.



Entrou numa sala redonda com três retângulos nas paredes, semelhantes a três portas fechadas. No centro da sala estava uma cadeira voltada de costas para a entrada. Walton decidiu entrar devagar, receando que alguém estivesse sentado na cadeira. Vendo que estava desocupada, aproximou-se. Observou um estranho fenômeno: à medida que se aproximava da cadeira, as paredes da sala iam escurecendo. Pontos brilhantes apareciam como estrelas. Quando chegou à cadeira, era como se as paredes tivessem ficado transparentes e ele pudesse ver o céu noturno. No braço esquerdo da cadeira ficava uma pequena alavanca e no direito um display luminoso com filas de botões coloridos. Pensando que um daqueles botões podia abrir alguma porta, Walton começou a apertá-los, sendo a única reação uma alteração dos ângulos e da posição das linhas que surgiam no display luminoso. Decidiu então sentar-se na cadeira, obviamente feita para alguém com um corpo menor que o seu. Pegando na alavanca à direita e pressionando-a para a frente, viu as estrelas todas moverem-se rapidamente para baixo, como se ele estivesse a conduzir a nave. Receoso de causar um acidente, de desviar o curso da nave e não saber voltar, decidiu não tocar em mais nada.

Voltando para a extremidade da sala, as paredes voltaram a ficar como estavam ao princípio e ele tentou encontrar algo que abrisse uma das três portas na parede, sem sucesso. Voltou à cadeira e novamente as paredes escureceram. De repente, Walton ficou surpreendido pelo que viu na porta de acesso: outro ser humano! O humanoide tinha uns dois metros de altura e vestia um capacete transparente; era musculoso, tinha cabelos loiros compridos e vestia uma roupa justa azul.

Walton correu até ele e começou a fazer várias perguntas, mas o homem manteve-se calado. Depois, agarrou Walton pelo braço. Ele achou que o homem não respondeu nada por causa do seu capacete e pensou que ele o levaria para um lugar onde ele poderia tirar o capacete e conversar. Eles finalmente foram a uma outra sala, onde Walton viu uma mulher e dois homens sentados na sala. Eles estavam vestidos iguais ao ser que o acompanhava e como ele tinham feições e corpo perfeitos. A mulher tinha um cabelo mais comprido do que os dos homens. Eles não usavam capacetes. Walton chegou a perguntar onde estava. Os seres somente olharam para ele com uma expressão serena. O ser que estava de capacete sentou Walton numa cadeira e saiu da sala.


Walton continuava a falar, e a mulher e um dos homens pegaram seus braços e colocaram numa mesa próxima, mas ainda com aquela expressão de compaixão e serenidade. Ele viu que eles não iriam responder a nada e então começou a gritar com eles. A mulher pegou um objeto que parecia uma máscara de oxigênio, mas sem tubo, e colocou no nariz e boca de Walton que perdeu a consciência e só acordou quando estava deitado perto de uma rua em Heber. Ao acordar, ele ainda pôde ver o objeto se distanciando.

Teste do polígrafo omitido e mais controvérsia...

Nesse meio tempo, Spaulding anunciara à imprensa que ele havia entrevistado Walton por duas horas e descobriu incoerências no relato. O “Phoenix Gazette” publicou uma história, relatando suas alegações de que “os Walton temiam a revelação” de uma mentira cuidadosamente fabricada. O xerife Gillespie providenciou um teste de polígrafo, mas quando a realização do teste vazou para a imprensa, Duane o cancelou, acreditando que Gillespie quebrara sua promessa de manter o teste em segredo.

O “National Enquirer” queria que Travis se submetesse ao polígrafo o mais rápido possível e providenciou um, após Duane insistir que ele e Travis teriam o poder de vetar qualquer divulgação pública dos resultados do teste. Alguém poderia crer que Travis estava por demais perturbado para se submeter ao polígrafo.

Ao entrevistar Travis antes do início do teste, o especialista conseguiu que Travis admitisse duas coisas: primeiro, que já fumara maconha algumas vezes, embora não usasse a droga regularmente, e segundo, que ele e o irmão mais novo de Mike Rogers haviam fraudado cheques alguns anos antes, alterando folhas de pagamentos. Esse era seu único caso sério com a lei – Travis cumprira dois anos em condicional, sem outros incidentes –, mas Travis continuou profundamente embaraçado pelo episódio da fraude de cheques. Em certa ocasião, ele alegou ter sido preso pelo crime, quando na verdade passou dois anos em condicional por ser réu primário.

O especialista, então, administrou o teste do polígrafo, que permanece envolto em controvérsias. Travis diz que o homem se comportou de maneira não profissional, enquanto o especialista insiste que Travis, além de não passar no teste, tentou fraudá-lo. Após concluir o exame, determinou-se que Travis estava mentindo. Algumas vezes Travis prendia a respiração, num esforço para enganar a máquina.


Os Walton, a Apro e o “National Enquirer” concordaram, então, em manter os resultados desse teste em segredo, devido em grande parte, insistiam, às dúvidas sobre os métodos e a objetividade. Oito meses depois, quando o público soube dessa decisão, houve mais acusações de engodo e encobrimento. Posteriormente, Travis se submeteria a dois exames poligráficos adicionais e passaria em ambos, embora os resultados omitidos do primeiro teste permanecessem como uma nódoa e fossem mencionados em quase todas as discussões do caso e o sejam até o hoje.

Philip J. Klass, jornalista de aviação por profissão, mas também conhecido antagonista de histórias de discos voadores, lançou uma crítica conjunta e constante contra as alegações de Travis, alegando especialmente que havia forte motivo financeiro para todo o caso. Segundo Klass, Rogers sabia que não conseguiria concluir seu contrato com o Serviço Florestal e engendrou um esquema para invocar a cláusula de caso fortuito do contrato, rescindindo-o, dessa forma, sem inadimplência.

Klass e outros também notaram que o programa “O incidente do Ovni” fora transmitido pela rede NBC apenas algumas semanas antes do desaparecimento de Travis. Esse filme feito para a televisão era um relato ficcional baseado na abdução dos Hill, o primeiro caso amplamente publicado de abdução por alienígenas. Klass e outros especularam que Walton se inspirara no programa. Walton negou ter assistido o filme.

As consequências do caso...

Em 1978, Walton publicou “The Walton experience”, com sua própria narrativa do evento e suas consequências. O livro apresenta alguns erros fundamentais que prejudicam seriamente o caso. Embora Travis proclame virtuosamente que pretende somente relatar os eventos e não interpretá-los, grandes partes do livro são nada mais que altamente especulativas, recriações puramente imaginativas do autor. Por exemplo, após ter ficado inconsciente por causa do facho de luz azul, Walton apresenta um diálogo preciso, romanesco, descrevendo as conversas de seus colegas após se afastarem em pânico. Ainda assim, Walton nunca menciona se está parafraseando com base no que relataram a ele, se entrevistou os outros para determinar quem disse o que, ou se simplesmente presumiu o que disseram. Após o furor inicial ter diminuído, Walton continuou em Snowflake e veio se tornar capataz da madeireira, casando-se com Dana Rogers, com quem teve vários filhos. Além do filme baseado nesse encontro, Travis apareceu ocasionalmente em convenções ou especiais de TV sobre discos voadores.

4) ABDUÇÃO (2014)
Direção: Matty Beckerman

SINOPSE:

A história começa com a família Morris viajando de carro nas montanhas de Brown na Carolina do Norte. Em algum momento eles acabam em um túnel remoto cercado por veículos abandonados. O pai, Peter Morris, é raptado, deixando sua esposa e as crianças traumatizadas e buscando um esconderijo seguro. Eles acabam descobrindo que luzes estranhas nas montanhas próximas têm sido associadas à abdução alienígena e sacrifícios humanos há séculos. A partir daí, a família entra em um jogo recheado de ataques violentos e sangrentos, tudo registrado pela câmera de vídeo do filho mais novo.

O CASO

Brown Mountain é uma longa cadeia de montanhas na Floresta Nacional de Pisgah, na fronteira dos municípios de Burke e Caldwell, Carolina do Norte. Tornou-se famosa devido às “luzes fantasmagóricas” que nela aparecem à noite. A cadeia montanhosa é um local traiçoeiro e difícil de alcançar para nele nos aventurarmos e, por isso, normalmente as luzes são observadas a uma distância de vários quilómetros. As luzes podem ser vistas a partir de Blue Ridge Parkway em 2 pontos, o Brown Mountain Light Overlook e o Green Mountain Overlook e do Brown Mountain Overlook na NC Highway 181 entre Morganton, NC e Linville, NC.


Geralmente, os pontos de luz observados têm a forma de uma “bola luminosa” sendo que, as mais observadas são de cor branca, laranja, amarela e vermelha. Estas “bolas luminosas” movem-se de forma imprevisível e aparecem espontâneamente sendo que podem passar semanas sem estas serem observadas. Vários cientistas já tentaram explicar o fenómeno embora sem sucesso. Pelo menos por três vezes as luzes foram estudadas pelo governo dos Estados Unidos sendo que duas delas pela Geological Survey e uma pelo Weather Service. Até o famoso instituto Smithsonian, em Washington D.C., enviou uma equipa de pesquisadores, sendo que, uma equipa de cientistas do Laboratório Nacional de Oak Ridge, passou uma década acampada na região realizando uma série de experiências.Todas as possibilidades foram testadas incluindo gases naturais, miragens e plasmas. No entanto, em nenhum caso uma explicação possível foi aceite e comprovada. Aumentou assim, para muitos, a possibilidade de se tratar de atividade extraterrestre, manifestações de fantasmas ou outros fenômenos de origem paranormal.

A história

De acordo com a lenda local, os índios Cherokee e Catawba travaram uma batalha feroz na cadeia montanhosa, por volta do ano 1200. Diz-se que os guerreiros marcharam para a batalha como se de uma cerimonia se tratasse, levando tochas em chamas. Terminada a batalha, as mulheres em luto aventuraram-se à noite na cadeia montanhosa levando também tochas em busca de seus amados mortos. Após este acontecimento, as luzes começaram a aparecer na montanha. A população sempre acreditou que as luzes na Brown Mountain fossem causados pelos espíritos errantes dos índios, com suas tochas ainda a arder.

Um dos primeiros relatos

Um dos primeiros relatos data de 24 de Setembro de 1913, tendo sido relatado no Charlotte Daily Observer. Um pescador afirmou ter visto luzes misteriosas no horizonte à noite. Ele descreveu-as como sendo circulares e de cor vermelha. Logo após este relato D.B. Stewart, um funcionário da United States Geological Survey, estudou a área e determinou que, aquilo que o pescador viu foram apenas luzes de comboio. Os relatos de luzes estranhas continuaram e, um estudo mais formal por parte do US Geological Survey em 1922, determinou mais uma vez que as “luzes misteriosas” não eram mais do que luzes de comboio ou fogos esporádicos. No entanto, após estudos na Blue Ridge Parkway inferiu-se que aquela zona sofreu uma enorme inundação logo após o término da investigação por parte da US Geological Survey e que toda a zona ficou sem energia eléctrica e todos os comboios inativos. No entanto as luzes de Brown Mountain continuaram a aparecer.



Um espírito perturbado

Há uma história sobre uma mulher em 1850 que desapareceu misteriosamente na montanha. Todos da comunidade foram buscá-la. Quando eles estavam procurando, eles viram essas luzes e todo o grupo de busca desapareceu. O corpo da senhora também nunca foi encontrado. Os outros acreditavam que a senhora fora morta por seu marido e as luzes eram um aviso dado pelo espírito perturbado da senhora para não procurá-la.

Abduções

Recentemente, em outubro de 2011, um grupo de 27 pessoas que estiveram na Montanha Brown em um período de férias desapareceu. Essas histórias e muitos mais têm uma coisa em comum que as pessoas desaparecem quando essas luzes são vistas. A razão dos desaparecimentos misteriosos também está ligada a OVNIs e abduções alienígenas.

5) O SEGREDO DO CÉU (2007)
Direção: Roy Knyrim

SINOPSE:

Filme que é baseado em um caso real que ocorreu em 13 de março de 1997, quando aconteceu um dos maiores testemunhos da existência de ÓVNIS já documentado, quando milhares de pessoas presenciaram o fenômeno. Em uma estrada de Phonex, cinco jovens vêem de um carro uma formação de luzes que se move com grande rapidez. Logo depois, eles acabam batendo o carro, o que dá inicio a uma série de eventos que eles jamais poderiam imaginar.

O caso retratado neste quinto filme  e no sexto são os mesmos.

6) O INCIDENTE EM PHOENIX (2015)
Direção: Keith Arem

SINOPSE:

Quinta-feira, 13 de março de 1997 marca a data das Luzes de Phoenix, o maior avistamento de OVNI em massa da história dos Estados Unidos. Na noite do incidente, quatro moradores de Phoenix desapareceram no Parque Nacional Estrella Mountain, ao sul de Phoenix. Glenn Lauder (28), Mitch Adams (29), Ryan Stone (27) e Jacob Reynolds (28) foram dados como desaparecidos no gabinete do xerife do Condado de Maricopa. O infame "Caso Lauder" tornou-se o caso sem solução mais longo de pessoas desaparecidas na história do Arizona.

O CASO

As luzes de Phoenix foram um avistamento de objetos voadores não-identificados que ocorreram sobre a cidade de Phoenix, nos Estados Unidos, na noite de quinta-feira, 13 de março de 1997, e acabou causando grande espanto na população, nas comunidades científica e militar, além de entre os ufólogos. Luzes de várias descrições foram vistas por milhares de pessoas entre as 19h30 e 22h30 (horário local) num espaço de 480 quilômetros em linha reta.


Há dois eventos distintos envolvendo o incidente: uma formação triangular de luzes fora vista passando sobre cidades do Arizona, e uma série de luzes estacionárias foi vista especificamente sobre Phoenix. A Força Aérea Americana identificou, ainda que não oficialmente, disse que as luzes triangulares eram um A-10 Warthog fazendo exercícios militares.

Testemunhas alegam ter visto um enorme Ovni de formato triangular, contendo cinco luzes brancas muito fortes. Fife Symington, governador do Arizona na época, foi uma destas testemunhas e disse, na época, que o que havia visto “com certeza não era deste mundo humano”. Depois de 1997, essas mesmas luzes de Phoenix reapareceram em 2007 e 2008, mas já agora os eventos não caíram na rede ufológica, mas sim militar.

Relatos iniciais...

Por volta das 18h55, hora local, um homem relator haver visto um objeto voador em formato de um “V” sobrevoando a cidade de Henderson, no estado de Nevada. Ele disse que este Ovni tinha o tamanho de um Boeing 747, e fazia o som de um forno de micro-ondas em movimento, mas de maneira mais suave. O tal “V” tinha seis lâmpadas brancas muito fortes e acabou sendo relatado cruzando o céu num percurso de quase 500 quilômetros.

Um policial aposentado de Paulden, Arizona, é a próxima pessoa que relata o ocorrido. Ele estava dirigindo por uma estrada e viu o mesmo “V” passando quase silenciosamente sobre o céu, mas desta vez as luzes brancas estavam alaranjadas (talvez por causa da poeira suspensa no ar). Desta vez, atrás do “V” ainda havia cinco luzes alinhadas seguindo esta aeronave.

Mais tarde, por volta das 20h17, várias pessoas de Prescott Valley começaram a ligar para os serviços de emergência por terem visto a tal aeronave em formato de “V” cruzando o céu silenciosamente sem nenhuma aeronave da Força Aérea interceptá-la. Assim, o mesmo relato, no mesmo dia, em poucos minutos, já aparecia em dois estados diferentes com centenas de testemunhas bastante lúcidas.

A rede internacional de investigação ufológica, MUFON, recebeu o seguinte relatório vindo da área de Prescott Valley: “Enquanto a equipe estava fazendo fotografias do céu com suas estrelas, por ser uma noite limpa e clara, observamos cinco luzes numa formação de ‘V’ se movendo lentamente, do noroeste para o nordeste, até que se virou em direção ao sul e continuou sua viagem tranquila. A formação da aeronave parecia um ‘V’ prolongado com pernas pouco angulares. Durante esse voo podia se ouvir quase silenciosamente o barulho da aeronave, que parecia um vento calmo e nesta noite não havia sinal de vento”.


Mais tarde, a 16 quilômetros de Prescott Valley, em Dewey, sete pessoas ligaram para a emergência alegando terem observado um estranho objeto voador não-identificado parecido com um “V” passando silenciosamente sobre o céu.

Primeiros avistamentos em Phoenix...

Tim Ley e sua esposa Boobbi, seu filho Hal e seu neto Damien primeiro observaram as luzes a uns cem quilômetros de onde eles estavam. Primeiro eram cinco luzes dispostas em uma linha levemente arqueada como se fosse um balão gigantesco. Logo depois repararam que as luzes começaram a se mover na direção deles. Em dez minutos as luzes já estavam sobre Phoenix e causaram grande espanto na população, que ligava em desespero para a polícia e os bombeiros. Como o governador do estado também havia visto os objetos, ele entrou em contato com o aeroporto de Phoenix, e os equipamentos não viam nada nos radares. Por volta das 20h45 os objetos voadores não-identificados já tinham desaparecido totalmente, deixando a população curiosa e as autoridades em desespero.

Aparecimentos em 2007 e em 2008...

Em 06 de fevereiro de 2007 houve outra aparição de estranhas luzes sobre Phoenix. De acordo com o Centro de Aviação Civil dos Estados Unidos, as luzes seriam explicadas por exercícios militares de aviões do tipo F-16. Também em 21 de abril de 2008, luzes novamente foram vistas sobre a cidade; desta vez, as luzes faziam a forma de um diamante no céu e desta vez não houve nenhuma manifestação governamental sobre o avistamento, mas alguns meteorologistas explicaram que, “estranhamente”, eram balões de hélio.

Explicações possíveis para os ocorridos em 1997...

Há alguma controvérsia quanto à melhor forma de classificar e entender os relatos sobre aquela noite de 1997. Alguns defendem que, segundo os relatórios das testemunhas, havia sobre Phoenix uma série de diferentes aeronaves não-identificadas. Isto é amplamente descartado pelos céticos como um excesso de extrapolação do tipo de desvio comum em relatos de testemunhas oculares, necessariamente subjetivas. Os pesquisadores de mídia e mais céticos em grande parte preferiu dividir os avistamentos em duas classes distintas, uma primeira e segunda.


O primeiro evento, o “V” misterioso sobre o céu, é o mais controverso porque foi visto por muitas pessoas em locais diferentes, inclusive o então governador do Arizona. Para os ufólogos, este primeiro “evento” não tem uma explicação plausível uma vez que não há aviões conhecidos com este formato. Entretanto, alguns engenheiros aeronáuticos dizem que poderia ser um voo de teste de alguma aeronave nova da Força Aérea, explicação usada pelo governo. Outros céticos apontam que a forma em “V” é natural em exercícios da Esquadrilha da Fumaça, que estava treinando naquela noite.

O segundo evento foi mais bem documentado por serem as luzes estáticas sobre Phoenix, e acontecera neste mesmo dia. Para alguns céticos, as luzes são as mesmas: aeronaves fazendo exercícios militares à noite; entretanto, pergunta-se: “Como aviões ficam estáticos no céu durante tanto tempo?”. Para engenheiros especializados em aeronáutica, as luzes não passaram de balões especiais para medir o vento e a temperatura, mas os ufólogos explicam que esses apontamentos são extremamente simplórios.

De qualquer forma, parece que continuaremos sem nenhuma explicação certa sobre o que realmente ocorreu naquela noite de 1997 no Deserto do Arizona, sobre a cidade de Phoenix, assim como a repetição do evento em 2007 e em 2008.



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