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OS GOONIES - RESENHA DO LIVRO DA DARKSIDE BOOKS


Como diria o Sargento Murtaugh, personagem de Danny Glover em Máquina Mortífera (1987):

"- Estou velho demais para isto".  (Por acaso, o filme é dirigido pelo mesmo Richard Donner, que realizou os Goonies dois anos antes). 

Mas me referi à frase porque vi o filme quando criança, produzido pelo então mago, Steven Spielberg. O tempo passou. Eu envelheci. Mas a história não. 


Muita coisa mudou desde então. John Matuszak, o Sloth morreu precocemente aos 38 anos. Os garotos cresceram. Sean Astin ajudou Frodo a destruir o "um anel". A cidade dos goonies virou atração turística (sim, você pode visitar lá como pode ver as imagens abaixo). Spielberg não viu a cor do sucesso nos últimos anos. Donner se aposentou e já está com 87 anos!! Meu Deus. O tempo realmente passou.

A Darkside books fez um favor à humanidade de resgatar esta história lançando o livro do filme. E através dele, poderá conhecer mais dos personagens e o que ocorreu após o final. Abaixo, para quem possa interessar está a resenha do livro. Não deixem de adquirir. É um pecado não ter a edição caprichada em sua biblioteca particular. Ahh...e vem o mapa, caso queiram caçar tesouros por ai.


“Eu nunca trairei meus amigos da doca Goon. Ficaremos juntos até o fim do mundo. Pelo céu e o inferno e a guerra nuclear. Bons amigos como nós grudam como piche. Na cidade ou no campo, na floresta ou deserto . Eu me declaro orgulhosamente um Goony“.

Através deste simples e sincero juramento, entendemos toda a história dos goonies.  Eles passam por uma aventura fantástica simplesmente para se ajudarem a continuar morando juntos, por conta de um bando de inescrupulosos que querem derrubar a área. Como tudo é alugado, eles precisam de grana para comprar tudo. E dinheiro era escasso naquelas bandas. 

E com isto, os adultos teriam que mudar, provavelmente para cidades diferentes uns dos outros, quebrando assim o juramento Goony. 

Sendo assim, Mikey, Bocão, Gordo, Dado enfrentam o cenário triste de uma possível separação. Mikey é um menino tímido e com asma. Bocão é um que literalmente não consegue calar a boca, ele fala qualquer coisa sem pensar duas vezes, enfim, tem a boca grande. Gordo é um mentiroso sem limites, mas não completo. Ele pega uma história real e a “aprimora” em alguns aspectos… Já Dado é um inventor, ele cria várias engenhocas que servem para simplesmente tudo! 


Portanto, esta é a história do que aconteceu naquele último longo dia do outono, o dia antes do despejo. Então em um sábado, os goonies estão reunidos na casa do Mikey, e junto com eles está Brand, o irmão mais velho de Mikey. Ele é alto e forte e só se preocupa com o encontro dele com a Andy, uma garota do colégio.

E chega um momento, em meio ao marasmo de não ter o que fazer (após alguns acidentes, brincadeiras e tentativas do Gordo convencer a todos que realmente tinha visto uma perseguição policial naquela manhã), em que todos resolvem investigar o que tem no sótão. Essa decisão é tomada quando se lembram que o pai de Mikey e Brand, que é curador do museu, guardou algumas coisas lá em cima.

E no meio da “investigação” Mikey encontra um mapa (que vem com o livro), que teoricamente aponta onde está enterrado o tesouro de Willy Caolho, um infame pirata local conhecido por todos. Reza a lenda que em algum lugar está escondido o tesouro de Willy, mas ninguém jamais encontrou, embora muitos tenham tentando ao longo de século. E junto com esse mapa há também uma moeda bem especial. E de repente tudo fica bem claro para Mikey. Essa é a solução que eles buscavam o tempo todo. Com o tesouro de Willy eles seriam capazes de comprar as terras e não teriam de se mudar.

Mas nada é tão fácil. Para começo de conversa Mikey sequer pode sair de casa, então o plano nº 1 é se livrar de Brand. Concluído esse plano eles devem dar um jeito de chegar ao local do tesouro. Os outros goonies não estão tão empolgados quanto Mikey, mas após alguns contra-tempos, encontros e reencontros com Brand, eles enfim chegam a um misterioso e assustador restaurante no meio do nada. E a partir desse momento que a aventura deles realmente começa. Mas não eles não serão os únicos nela, pois acaba que Brand, Andy e Stef (a melhor amiga da Andy) acabam envolvidos nessa aventura.


E eles  descobrem que chegar no tesouro do Willy pode ser extremamente perigoso. Afinal de contas Willy era um pirata engenhoso e ele não deixaria o seu tesouro sem proteção…E as armadilhas do pirata não são a única coisa ameaçando a vida dos goonies, pois ao que parece eles não são os únicos atrás desse tesouro. Eles começam então uma corrida mortal, passando por armadilhas, enfrentando os seus medos, decifrando o mapa e principalmente confiando uns nos outros para se salvarem.

Há detalhes relevantes para serem destacados sobre o livro: a narração em primeira pessoa, feita pelo Mikey, traz uma sensação bastante legal de estar conversando com o personagem, como se fosse um velho amigo seu contando como passou as férias. Esse clima ajuda a leitura a fluir e dá um envolvimento na história. Conforme avançava, mais eu me sentia um goony. Também é ótima a interação entre o grupo de amigos e dá um tom especial à narrativa; identificam-se ali de fato crianças com um forte laço de amizade, que pode ser encontrado no seu colégio, no seu bairro e até entre os seus amigos. Há também o Sloth... mas este é alguém para se conhecer lendo. O humor é presente em todo o livro, com momentos de realmente fazer gargalhar. A história pega um ritmo bom de verdade apenas quando o grupo começa a “caça ao tesouro”. 

Outro ponto importante é observar como há um desenvolvimento na amizade do grupo, em especial a evolução do Mikey e de sua relação com o Brand. Há determinados acontecimentos que podem soar fantasiosos demais, mas é o que deixa a história única e retrata a infância de forma encantadora. Afinal, qual criança nunca sonhou partir em uma emocionante aventura?

Mesmo para aqueles que nunca tenham visto o filme, mas gostam de uma aventura leve e divertida, fica a sugestão de leitura. E para aqueles que conhecem (e tiveram sua infância marcada por ele) fica a sugestão reforçada, para não só aproveitar o sentimento de nostalgia, mas conhecer alguns detalhes a mais da história (incluindo um epílogo).



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