google-site-verification=21d6hN1qv4Gg7Q1Cw4ScYzSz7jRaXi6w1uq24bgnPQc

MARCELO CARRARD - RESPONDE ÁS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

Marcelo é um jornalista graduado pela PUC R.S. com Mestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC S.P. Pesquisador e Crítico de Cinema e atualmente é Apresentador e Redator do Canal: CINEMA FEROX do YouTube onde analisa Cinema de Gênero e Independente, Cultura Geek com espaço para abordagens da Diversidade e do Queer Cinema. É também especialista em Cinema Italiano de Gênero, com destaque no trabalho de Dario Argento e Mario Bava, além de colecionador de filmes em DVD e Blu Ray. Também exerce atividades como curador, jurado em festivais de Cinema e palestrante.

E hoje é nossa vítima das 7 perguntas capitais.

Boa sessão:


1) Quando nasceu sua paixão pelo cinema? Houve aquele momento em que olhou para trás e pensou: sou cinéfilo!!? 

M.C.: O Cinema e a TV sempre fizeram parte da minha vida desde muito cedo. Eram as únicas  mídias disponíveis na época, que formaram meu imaginário, minha curiosidade sobre aquelas imagens. Felizmente tive pais que desde cedo me levaram ao Cinema onde conheci os clássicos da Disney. Lembro-me de uma sessão em que reprisaram O Mágico de Oz, e meus  padrinhos me levaram, a noite, para ver... Foi inesquecível. Depois fui ver, com nove anos de idade: "Tubarão", do Spielberg, um fenômeno absurdo de bilheteria em 1975. Depois de ver Tubarão tudo mudou para mim, um caminho sem volta. Daí vieram os cinemas do Centro da cidade e o início da longa jornada cinéfila, os programas duplos, os Cineclubes... Tornei-me Cinéfilo no Cinema e não nas locadoras de VHS... E existia o Cine Bristol em Porto Alegre que foi a "Escola de Cinema" de toda uma geração que hoje está na faixa dos 45, 50 anos... Foi assim.

M.V.: "Tubarão" também foi importante para mim. Assisti até agora 246 vezes, e muitos me conhecem por ter assistido ao filme 196 vezes em um único ano.

2) Coleciona filmes, cds ou algo relacionado à 7ª arte ? Quem curte cinema, costuma ter suas relíquias em casa...

M.C.: Sim. Coleciono filmes em DVD e Blu Ray até hoje com muito entusiasmo e curiosidade. Já colecionei fitas VHS, mas me desfiz da Coleção anos atrás. Tinha muitos discos de vinil que nunca trouxe para São Paulo, mas é algo que pretendo voltar a colecionar. CDs tenho muitos, mas não coleciono mais. Com o Spotify e similares o consumo de música mudou radicalmente aqui em casa. Tenho alguns cartazes de filmes também, mas ainda é uma coleção pequena.


3) Quando surgiu a ideia do seu canal no youtube "Cinema Ferox"? 

M.C.: Em 2004, influenciado pela saudosa Sessão Comodoro que o também saudoso amigo: Carlos Reichenbach organizava no Cinesesc, criei o Blog Mondo Paura. Foi uma época em que muita gente criou blogs de Cinema. Foram 6 anos de muitas alegrias e de muita intolerância por parte de alguns. Terminei o Mondo Paura e criei o Nudo e Selvaggio, semente do Canal do YouTube. No Blog, os textos me consumiam muito tempo e cansei de ver gente os usando indevidamente, copiavam na cara dura mesmo e alguns se deram muito bem. 

Com o vídeo  posso falar olhando para a câmera e não ter a possibilidade de roubo do meu conteúdo. Depois de um período mais experimental mudamos o nome do Canal de Nudo e Selvaggio para Cinema Ferox e estou gostando muito do resultado, do retorno. O Blog: Nudo e Selvaggio ainda está no ar e todos os vídeos também são postados por lá. O conteúdo de texto continua por lá também.

4) Qual a experiência, relacionada ao mundo do cinema, que mais te marcou?

M.C.: Com 50 anos de vida tenho muitas recordações, boas e ruins. Destaco três: O dia em que conheci pessoalmente o lendário diretor de Cannibal Holocaust: Ruggero Deodato, quando ele esteve pela primeira vez em São Paulo, na Cinemateca Brasileira, na abertura do Cinefantasy.  A noite em que vimos a cópia restaurada em 3D de Battle Royale no Cinesesc e a noite em que me emocionei muito ao ver a versão restaurada de Cabíria (1914), de Giovanni Pastrone também no Cinesesc durante uma Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

5) Todo cinéfilo tem suas listas. Existe uma dos filmes que marcaram sua vida? Algo como um top 10...

M.C.: Existem muitas listas. Listas por Gênero, por Subgênero, por década, por Diretor... Centenas e centenas de filmes passaram por minha vida, mas os do Kubrick, do Bergman, do Fulci, do Argento, do Fellini, do Pasolini, entre outros, até hoje revisito como grandes livros que merecem uma releitura de tempos em tempos. Em um TOP 10 estariam filmes desses diretores com certeza... 2001, Gritos e Sussurros, The Beyond, Suspiria, Satyricon, Saló... Possessão do Zulawski O Bebê de Rosemary de Polanski, Onibaba do Shindo, tudo do Kurosawa e do Mizoguchi... Nossa são muitos filmes, um oceano de filmes...

M.V.: 2001 é um clichê em listas, de tanto que aparece. Eu acho o melhor filme de ficção científica do cinema.

6) Fale um pouco sobre os seus próximos projetos.

M.C.: Queremos continuar evoluindo com o Cinema Ferox, tendo como prioridade a qualidade dos vídeos e o conteúdo que é um compromisso com nossos seguidores/inscritos. Queremos fazer novos quadros e postar mais vídeos durante a semana, além de um projeto secreto que poderá surgir em 2017.

7) Para finalizar, se pudesse deixar uma lição destes anos que se dedica ao cinema, qual seria?

M.C.: Como sempre dizia o Carlão Reichenbach: precisamos ter os olhos livres. Livres de preconceitos, de intolerâncias. Existe um número descomunal de filmes para serem descobertos. Pesquisem, se entreguem de verdade nessa jornada de descobertas. Com as possibilidades de acesso aos filmes que a atual tecnologia permite, é muito mais fácil, aproveitem, abram suas cabeças para a diversidade audiovisual, adoraria ter essa tecnologia 35 anos atrás... Não deixem a Cinefilia acabar..

M.V.: Obrigado amigo. Ótimo conselho. Sucesso com seu canal. 

Tecnologia do Blogger.