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MASAKI KOBAYASHI - 10 FILMES ESSENCIAIS


Kobayashi estudou filosofia e ingressou no cinema pela mão de Keisuke Kinoshita, mas rompeu com seu primeiro mestre e seus filmes adquiriram uma feição trágica. Entre suas obras estão “Kwaidan”, que chegou ao Brasil como “As Quatro Faces do Medo”, uma coleção de quatro histórias de fantasmas com finais surpreendentes, retiradas do livro “Kwaidan: Histórias e Estudos de Coisas Estranhas”, escrito por Lafcádio Hearn - também conhecido como Koizumi Yakumo. 

Kobayashi também dirigiu “Ningen no Jokên” (“The Human Condition” nos EUA, “Guerra e Humanidade” no Brasil) um épico dividido em três filmes (“Não Há Maior Amor”, “Estrada para a Eternidade” e “Uma Prece de Soldado”) que soma cerca de dez horas e conta a trajetória do pacifista e socialista Kaji, interpretado por Tatsuya Nakadai, durante a 2ª Guerra Mundial.

O diretor mesmo dizia-se um pacifista e fora convocado pelo o Exército Imperial Japonês durante a Segunda Guerra Mundial, mas recusou-se a lutar e a ser promovido para um posto superior. Com “Harakiri”, Kobayashi ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Cannes em 1963, solidificando seu lugar na história do cinema. Em 1969, foi membro do júri no Festival Internacional de Cinema de Berlim.

Outra grande obra do diretor foi “Rebelião” (“Samurai Rebellion” nos EUA), que traz novamente Tatsuya Nakadai, desta vez num embate histórico com Toshiro Mifune. O crítico brasileiro Luiz Carlos Merten considera “Rebelião”, o maior filme feito em qualquer época no Japão, e afirma que Kobayashi foi um realista tão crítico que sua obra é toda uma desmistificação de gêneros e histórias da crônica japonesa.


Após o colapso de seu clã, o samurai desempregado Hanshiro Tsugumo (Tatsuya Nakadai) chega ao castelo do Senhor Iyi, a quem pede licença para cometer ritual suicida em suas terras. Os membros do clã de Iyi, que acreditam estar o desesperado ronin apenas buscando abrigo, tentam forçá-lo a remover suas próprias vísceras – subestimando assim sua honra e seu passado. Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes em 1963, Harakiri de Masaki Kobayashi é uma denúncia feroz da hipocrisia da autoridade feudal.


Um oásis de beleza perdido dentro do gênero comumente conhecido como "horror" ou "terror", baseado na obra de Lafcadio Hearn, que no início do século XX transpôs várias das lendas fantásticas nipônicas para um livro homônimo,  e que foi, na verdade, o grande responsável por abrir os olhos do Ocidente para muitas das peculiaridades culturais do povo japonês. O nome Kwaidan está relacionado a "histórias de fantasmas" e, apesar disso não ser muito explícito logo que o filme começa, o sobrenatural representa a essência deste trabalho de Masaki Kobayashi, que aplica aos contos adaptados um admirável e inesquecível senso estético.

Os contos são:

Os Cabelos Negros: Samurai em declínio resolve abandonar a esposa para tentar uma vida melhor. Ele consegue um bom cargo e se casa com outra mulher, mas não consegue deixar de pensar na antiga esposa.
A Mulher da Neve: Dois lenhadores são surpreendidos por uma mulher misteriosa, um ser que suga o sangue de um deles, mas poupa a vida do outro sob a promessa de nunca contar o que viu a ninguém.
Hoichi, o Sem Orelhas: Um cego aprendiz de monge é abordado pelo fantasma de um guerreiro que morreu em uma batalha há séculos. O guerreiro e outros fantasmas solicitam que o jovem cante para eles as canções sobre a guerra em que morreram, sem que ele saiba que são fantasmas.
Em Uma Xícara de Chá: Um oficial tem a visão de um homem em uma xícara, sem compreender o porquê disso. Em sua vigília noturna, encontra o homem que viu na xícara.


Mãe do único filho vivo do senhor de um clã do Japão feudal, Ichi é raptada e separada de seu marido Yogoro por esse senhor. Então, Yogoro e seu pai, o samurai Isaburo, entram em conflito com o raptor e seus homens para ter Ichi de volta.


Kaji, um administrador civil pacifista, foi nomeado supervisor de um campo de prisioneiros na Manchúria durante a 2ª Grande Guerra. Seus problemas começam quando o tratamento humanitário com os trabalhadores das minas e os prisioneiros de guerra que Kaji supervisiona irrita seus superiores.



A trilogia humanista de Kobayashi continua tendo, neste segundo filme, o idealista Kaji sendo mandado à longínqua Manchúria e com as mais selvagens atrocidades ocorrendo durante a Segunda Guerra Mundial. Ao descobrir que os soldados são cruelmente maltratados pelo seu sargento e oficiais, Kaji resolve fazer um protesto


Nesta parte final da trilogia, Kaji é o único sobrevivente de sua unidade e acaba se rendendo ao exército Soviético. Ele é preso na Sibéria, onde espera melhor tratamento do que recebeu de seu próprio exército, mas, ao contrário, é acusado de assassinato e ameaçado de execução. Kaji tenta, desesperadamente, recuperar sua liberdade.


O estudante Nishida muda-se para uma velha pensão no subúrbio de Tokyo para economizar dinheiro. Ele se apaixona por uma garota que se torna namorada de um jovem mafioso que está envolvido nas negociações para a demolição da pensão. Rio Negro de Masaki Kobayashi se passa no Japão pós-Guerra, na época em que os Estados Unidos ainda mantinham ocupação militar, e é uma crítica aos problemas sociais que o país enfrentava.


Kurita é um jovem jogador de beisebol com habilidade muito promissora. Acompanhando-o de perto, os agentes de grandes times fazem de tudo para poderem comprá-lo, mostrando desde as ofertas normais, até o lado mais vil e baixo do ser humano.


O Quarto de Paredes Espessas mostra o drama vivido pelos japoneses acusados por crimes na Segunda Guerra Mundial. Estresse, traumas, esgotamento físico e mental, alucinações e os fantasmas do passado perseguem os presos, que aguardaram durante anos por uma definição política que resolvesse a situação deles. Baseado em relatos de prisioneiros, foi o filme mais controverso e polêmico do diretor Masaki Kobayashi, com uma forte crítica ao sistema militar da época.


Ao ser diagnosticado com uma doença mortal, o presidente de uma companhia decide dividir sua herança com sua esposa e com seus filhos ilegítimos, os quais nunca teve contato e não sabe onde estão. Porém, seus advogados pensam em tomar o dinheiro para si de alguma forma.
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