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CÃES DE GUERRA (2016) - CRÍTICA DE RUBENS EWALD FILHO

Cães de Guerra (War Dogs)


EUA, 16. 114 min. Direção de Tod Phillips. Com Jonah Hill, Milles Teller,Steve Lantz, Kevin Pollak, Bradley Cooper (também coprodutor).



Este é um daqueles raros filmes feitos para denunciar a corrupção na venda de armas, para o mercado mundial encontrando “buracos” nas leis americanas... Houve um filme muito bom sobre o tema tráfico de armas hoje esquecido (Senhor das Armas, 05, com Nicolas Cage). Mas este é ainda mais assustador porque se trata de fato real, sobre dois rapazes judeus de Miami, que resolvem se tornar vendedores de armas. E curiosamente dirigido por um diretor que normalmente fazia apenas comédias chanchadas, também como produtor da série Se Beber não Case, Um Parto de Viagem, Escola de Idiotas etc. (vejam que divertido, eles fizeram um pôster para o filme que é uma paródia de outro clássico com Al Pacino, Scarface. O título original era para ser The Arms and the Dudes!). As locações foram basicamente Romênia, Miami e Marrocos.


Ou seja, Tod não está se preocupando que renda muito dinheiro, mas deseja fazer a denúncia descarada da máquina de fazer dinheiro que é vender armas para todo mundo, mas em particular o exército americano. Acertou em utilizar dois jovens ainda atores em ascensão, envolvidos com o Oscar, o gordo Jonah Hill (perfeito cínico) e Milles Teller, que acertou tanto em Whiplash (no caso ele não foi indicado, mas o filme levou 3 Oscars). Este último faz o incompetente mas simpático e ambicioso enquanto Jonah é tão cara de pau que parece destinado a uma carreira de grande êxito! Só que ao contrario do recente filme de Tom Hanks sobre árabes que nunca ousava denunciar algo de fato ou criticar alguém aqui, a malandragem impera em todos os lugares possíveis (a ousadia do projeto é muita mas mesmo assim o filme rendeu 36 milhões de dólares nos EUA e mais 15 no exterior no momento, para um custo de 40 milhões. O orçamento foi de 40).

Como já disse é baseado na história de dois rapazes de Miami, judeus, David Packout e Efraim Diveroli, que ganham um contrato de 300 milhões de dólares do Pentágono para armar seus aliados no Afeganistão. Os dois amigos estão com cerca de vinte e poucos anos e a Guerra do Iraque abre a chance pouco divulgada de que comerciantes poderiam conseguir contratos com o governo americano para vender armas para aliados como o Afeganistão. O que dá margem a muito jogo sujo!

Por isso que o filme é tão interessante para quem gosta de saber bastidores sujos da política aqui ou lá fora, que poderiam ser até engraçadas caso não fossem tão patéticas e lidassem com armas de matar pessoas! Enfim, o filme é bem realizado (na cópia que vi tinha escrito quando alguém fumava cigarro na história, que cigarro mata! Armas por sinal também!). Nesse momento de poucas atrações, esta é uma alternativa. O amigo do diretor Bradley Cooper faz uma participação como outro traficante de armas. Experimentem.


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