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STEVE JOBS - CRÍTICA POR RUBENS EWALD FILHO


Steve Jobs (Idem)

EUA, 15. 122 min. Direção de Danny Boyle. Roteiro de Aaron Sorkin baseado em livro de Walter Isaacson. Com Michael Fassbender, Kate Winslet, Seth Rogen, Jeff Daniels, Michael Sthulbarg, Katherine Waterston, Sarah Snook.


Os norte-americanos não esperavam que fosse um fracasso tão grande de critica e público esta nova biografia de Steve Jobs (1955-2011) principalmente porque foi dirigida pelo famoso e prestigiado britânico Danny Boyle (que levou o Oscar por Quem Quer Ser um Milionário e fez sucessos como Trainspotting, Extermínio e 127 Horas). Ainda mais porque o roteiro é de outro nome famoso e cultuado da televisão Aaron Sorkin, premiado com Oscar por A Rede Social, autor de Questão de Honra e series importantes como The Newsroom, West Wing e filmes como O Homem que Mudou o Jogo.

Além disso, garantiram o filme com um elenco de prestígio começando com o irlandês-alemão Michael Fassbender (mesmo não sendo especialmente parecido com ele, é carismático e esta na moda apesar da besteira de seu recente Macbeth) seguido por Kate Winslet (que consentiu em favor um papel secundário, sua assistente, mas mudou o tipo, ficou morena e tem uma presença muito forte e interessante tanto que tem sido indicada para os prêmios). Mas o problema parece ter sido o fato de que o assunto já foi por demais explorado em documentários (como The Man in the Machine), telefilmes (Piratas da Informática, 99 e Jobs, 13) e uma produção modesta mas não desprezível com Ashton Kutchner. A sensação do público é que já viram este filme antes e se for o caso não precisam se abalar em sair de casa.

Ainda assim eu gosto da direção inquieta de Boyle, que cria um clima envolvente, uma fotografia inquietante (chegou a requinte de rodar certas sequências mais antigas em 16 mm, depois 35 e finalmente digital para demonstrar a evolução técnica da Apple), mas aceitou um script fora de ordem cronológica. Então o roteiro escrito por Sorkin vai e vem chegando por vezes a ficar difícil de seguir e pular certas coisas (por exemplo, o ponto mais baixo da carreira foi quando ele recusou a reconhecer a filha, mas o personagem dela deixa a menina ainda mais esperta do que o pai! Posso me enganar mas acho que Fassbender resolveu dar uma simpatia inexistente a Jobs).

Curiosamente quem iria fazer o filme era David Fincher, mas ele pediu salário de 10 milhões (que foi recusado, o filme todo teria custado cerca de 30). Christian Bale era para fazer o papel seguido por Leonardo Di Caprio, mas ambos recusaram. Steve Wozniak co-fundador da Apple, foi consultor do filme e ajudou Seth Rogen a compor seu personagem. O filme tem visivelmente 3 atos (basicamente em cima de 3 lançamentos marcantes na carreira de Jobs, o Macintosh, em 84, Next em 88, the Imac em 98) e por isso foi rodado em continuidade (mas depois de feito o primeiro ator, havia um ensaio de 2 semanas). O filme foi indicado ao Globo de Ouro (ganhou por Winslet e Sorkin), SAG (Fassbender e Winslet) e Critic´s Choice (ator e atriz). Mas não vejo fora os atores grandes chances para o Oscar.


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