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FILME & GASTRONOMIA: CONHEÇA OS 10 MELHORES


Quem não ama comida? Quem não ama cinema? E quando essas duas artes se unem a coisa pode ficar ainda mais gostosa... A verdade é que alguns filmes são de dar água na boca, uns pelos paralelos entre as situações do cotidiano e o ritual de preparação dos alimentos, outros pelo grau de sensualidade – afinal cozinhar é como fazer um feitiço, que envolve temperos e emoções. Que tal conferir os 10 filmes mais “saborosos” de todos os tempos? 

1 – Como Água para Chocolate (México, 1992)



Dirigido por Alfonso Arau e com roteiro de Laura Esquivel, que também é a autora do romance homônimo, o filme narra o drama do amor impossível de Tita (Lumi Cavazos) - impedida por sua tradicional família mexicana a se casar para cuidar da mãe na velhice - por Pedro (Marco Leonardi), com quem se comunica por meio da comida que prepara. Correspondida, o rapaz acaba casando-se com sua irmã apenas para ficar mais próximo da mulher que ama. A comida é fundamental na narrativa, para a qual a moça consegue transportar todos seus sentimentos. 

Premiadíssima, a película conquistou os prêmios de Melhor Atriz (Lumi Cavazos) e atriz Coadjuvante (Claudette Maillé) no Festival de Granado (1993, Brasil), onde também foi eleito o Melhor Filme pelo Júri Popular, foi indicado ao Kikito como Melhor Filme Latino, foi indicado ao Prêmio Goya (1993, Espanha) de Melhor Filme Estrangeiro de língua espanhola, ao Globo de Ouro (1993, EUA) na categoria de Melhor Filme de Língua Estrangeira e à mesma categoria ao Bafta (1993, Reino Unido).

Conquistou ainda os prêmios Ariel (1992, México) como Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Atriz de Quadro, Melhor Direção de Arte, Melhor Cenário e Melhor Design de Produção.

2 – Chocolate (EUA, 2000)


Ele mexe com os sentidos e ativa as zonas de prazer do cérebro, então não dá mesmo para ficar de fora. Título da película, é por meio do chocolate que uma jovem mãe solteira procura sustentar a filha de 6 anos com muito charme, aos poucos conquistando e influenciando a vida dos moradores de uma pequena e fictícia cidade francesa.

Sob a batuta do diretor sueco Lasse Hallström, Johnny Depp, Juliette Binoche, Alfred Molina e Judi Dench vivem os conflitos e os sabores de uma sociedade rígida, que vê com olhos ao mesmo tempo gulosos e opressores a pequena confeitaria em frente à igreja, enquanto procuram lidar com os anseios e desejos por uma vida mais doce. Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante pelo Sindicato dos Atores para Judi Dench (2001), Prêmio do Público do Cinema Europeu de Melhor Atriz para Juliette Binoche (2001), além de cinco indicações ao Oscar (2000).


3 – A Comilança (La Grande Bouffe, França, 1973)


O saudoso Marcello Mastroianni dá um show de interpretação nesse clássico do cinema franco-italiano dirigido por Marco Ferreri. Vencedor do Prêmio Fipresci e indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, o drama narra a história de quatro amigos de meia idade que se reúnem em uma mansão em um fim de semana dispostos a comer até terminar com uma existência, segundo eles, difícil de carregar.

O desfile de pratos suntuosos do banquete é uma alusão ao mais poderoso paradigma da burguesia europeia, a comilança.

4 – Tomates Verdes Fritos (EUA, 1991)


A receita é o fio condutor dessa comédia romântica que encantou multidões no mundo inteiro com sua sensibilidade e delicadeza. A obra retrata o jeito feminino de ver o mundo sob a ótica de quatro personagens vividas por  Mary Stuart Masterson, Mary-Louise Parker, Kathy Bates e Jessica Tandy ao longo de dois períodos de tempo, entre 1920 e 1930, e na década de 90.

Dirigida por Jon Avnet, a história é adaptada do romance “Fried Green Tomatoes at the Whistle Stop Café”, de Fannie Flagg, e não chegou a ganhar nenhum prêmio, apesar de ter tido diversas indicações. 

5 – Comer, Rezar, Amar (EUA, 2010)


O livro homônimo foi campeão mundial de vendas com mais de 4 milhões de exemplares vendidos e o filme estrelado por Julia Roberts também se tornou sucesso de bilheteria ao contar a trajetória de Elizabeth, uma mulher que decide viajar pelo mundo e acaba descobrindo os prazeres da gastronomia na Itália.

Dirigido por Ryan Murphy e com produção de Brad Pitt, é uma tocante história feminina sobre o abandono da zona de conforto em busca da felicidade, a espiritualidade na Índia e a paz interior em Bali.

6 – Estômago (Brasil-Itália, 2007)


O aclamado filme de Marcos Jorge foi o grande vencedor do Festival do Rio em 2007 – Melhor Filme (Premio do Público), Diretor (Marcos Jorge), Ator (João Miguel), Prêmio Especial do Júri (Babu Santana), ganhou o Lions Award 2008 no Festival de Rotterdam, participou da Seleção Oficial do Festival de Berlim e ainda conquistou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Ator (João Miguel) no Festival de Punta Del Leste, no Uruguai.

A história narra a ascensão e queda de um cozinheiro com dotes para lá de especiais, Raimundo Nonato, que utiliza a comida como forma de conseguir o poder. A co-produção bilateral Brasil-Itália foi rodada durante apenas 5 semanas em São Paulo e Curitiba e finalizada em Milão e Roma, na Itália. Considerado pela crítica especializada um dos 10 melhores filmes da década.

7 – Ratatouille (EUA, 2007)


O prato francês à base de verduras que dá nome ao filme praticamente se tornou sinônimo do simpático ratinho, chamado Remy, que ajuda o desastrado cozinheiro Liguini, de um típico restaurante parisiense a se tornar um chef de sucesso.

A animação da Pixar conquistou adultos e crianças e tornou-se um referência do cinema gastronômico. Dirigido por Brad Bird e Jan Pinkava, o sucesso estrondoso já o tornou verdadeiro um clássico do gênero.

8 – Julie e Julia (EUA, 2009)

Escrita e dirigida por Nora Ephron, a comédia dramática narra a história de Julia Child, vivida por Meryl Streep, uma americana que passa a morar em Paris por causa do trabalho do marido. Ao buscar uma ocupação ela acaba por estrelar um programa de culinária, nos primórdios do gênero. Cinquenta anos mais tarde é a vez de Julie Powell (Amy Adams), em busca de um sentido para a vida, decidir-se por cozinhar todas as 524 receitas lançadas por Julia Child em seu livro.
Ainda que separadas no tempo e no espaço, Julia e Julie acabam por conseguir o tempero certo para a vida enquanto testam seus ingredientes.

9 – Comer, Beber, Viver (Taiwan-EUA, 1995)


O diretor Ang Lee conseguiu um filme ao mesmo tempo delicado e poderoso sobre um chef de cozinha e suas três filhas, quando os conflitos e anseios de uma tradicional família chinesa são expostos no habitual jantar de domingo.

Elogiado pela crítica, o filme mereceu um remake em 2001, com o nome de “Tortilla Soup”.

10 – Um toque de canela (Grécia-Turquia, 2003)


Aromas e temperos são o pano de fundo da exuberante história de um menino grego que vive com o avô, um verdadeiro filósofo em culinária, em um mercado de especiarias na Turquia. Como os países são rivais, a família é obrigada a viver separa, sem se ver.

O filme, dirigido por Tassos Boulmetis, avança 30 anos mostrando de forma comovente como tanto a vida quanto o alimento precisam de tempero para valerem a pena, precisam de um toque de canela. A fotografia é um espetáculo à parte.

        Elva Vieira, jornalista e pesquisadora. 
Contato: elva@seomarketing.com.br 
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