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DE VOLTA PARA O FUTURO - SAGA REVIEW

 

De volta para o futuro.

Texto: M.V.Pacheco

Revisão: Thais A.F. Melo


Fazendo uma avaliação "pobre" e rápida, algumas trilogias seguem uma cartilha: o primeiro, quando elevado ao status de memorável, se torna a obra-prima a ser reverenciada. O segundo, geralmente é mais sombrio, fora da curva e não incomum, considerado o melhor. O terceiro, a antítese do anterior: alegre, colorido, divertido. Os três primeiros “Guerra nas Estrelas” (sim, ela era chamada desta forma a long time ago) e os três primeiros Máquina Mortífera são claros exemplos.

E a saga De Volta para o Futuro vai por este caminho também. Não incomum, ouve-se opiniões diversas, em prol de um, contra o outro, mas de maneira geral, é uma trilogia amada por todos. Hoje vou revisitar cada um, contar inúmeras curiosidades das produções. 

Prepare-se. Hoje vamos de volta para o passado. Começando por...

1985

Não há melhor maneira de definir De volta para o futuro, se não dizer que ele é "maior que a vida". Uma obra prima inesquecível, memorável. Ele brinca com nossa imaginação de forma tão contundente, que apesar de terem sido feitos grandes filmes sobre viagens no tempo, esta trilogia é a considerada definitiva. 

Na história, Marty McFly é um adolescente que mora na cidade fictícia de Hill Valley, Califórnia. Seu pai, George McFly, é constantemente intimidado por seu supervisor de trabalho, Biff Tannen, e sua mãe, Lorraine Baines McFly, é uma alcoólatra deprimida. Os irmãos de Marty, Dave e Linda, vivem ainda na casa dos pais trabalhando em subempregos. Uma noite, Lorraine conta a Marty e seus irmãos como ela e George se apaixonaram quando seu pai o atropelou na rua.


Na madrugada do dia 26 de outubro de 1985, Marty se encontra com seu amigo, o cientista Dr. Emmett Brown, no Shopping Pinheiros Gêmeos, a pedido do Doutor. Lá, ele revela ao rapaz um DMC DeLorean modificado para tornar-se uma máquina do tempo; o deslocamento temporal do veículo, que é acionado quando a máquina atinge 88 milhas por hora de velocidade, é providenciado por um aparato chamado "capacitor de fluxo", que exige 1,21 gigawatts providenciados por fissão nuclear. 

Para conseguir o plutônio que abastece o reator, o Doutor enganou terroristas líbios que queriam que ele construísse uma bomba nuclear. Após um teste com seu cachorro Einstein, Dr. Brown se prepara para viajar para o futuro, quando os líbios aparecem e matam o cientista. Indefeso, Marty tenta escapar no DeLorean, porém, durante a fuga, ele acaba ligando os circuitos de tempo e alcança a velocidade de 88 milhas por hora sendo transportado para 5 de novembro de 1955, uma data que o Doutor havia programado na máquina como um exemplo.


1955

No passado, Marty acaba caindo no que então era o Rancho Dois Pinheiros, comandado pelo fazendeiro Peabody. Marty acaba assustando o fazendeiro e sua família com sua roupa de radiação por se parecer um alienígena e a máquina do tempo uma nave espacial. Após escapar do rancho, como o carro não tem plutônio eventualmente se desliga sozinho e Marty agora encontra-se preso em 1955.

Ao explorar a Hill Valley daquela época, Marty acidentalmente encontra seu pai, George, como um adolescente que é intimidado por Biff. Marty esquece o que sua mãe contou e quando George está prestes a ser atropelado pelo carro do pai de Lorraine, Marty o empurra salvando-o e recebendo o impacto em seu lugar. Como resultado, a jovem Lorraine fica apaixonada por Marty e não por seu pai George, e isso é um fato muito sério, pois compromete a existência dele e de seus irmãos. Após partir da residência dos Baines, o rapaz encontra o Doutor Brown de 1955; eventualmente convence o incrédulo Emmett de que ele é realmente um viajante do tempo, e pede sua ajuda para voltar a 1985. 


O Doutor explica que a única fonte de energia capaz de gerar 1,21 gigawatts é um raio. Marty então mostra a Emmett um panfleto que ele havia recebido na praça do relógio da Torre sobre um raio que havia atingido o relógio da corte judicial no sábado seguinte às 22h04 min., danificando-o e deixando-o parado. Com esta informação, o Doutor cria um plano para fazer a energia do raio ser direcionada para o capacitor de fluxo da máquina do tempo.

Durante toda a semana seguinte, para consertar o paradoxo temporal, Marty planeja fazer George e Lorraine se apaixonarem. Embora o plano não corra exatamente como o planejado devido à aparição de Biff, George abandona sua costumeira submissão e enfrenta ele pela primeira vez, lhe dando um forte soco no rosto e deixando-o inconsciente. Lorraine e George se apaixonam, assegurando a existência de Marty e seus irmãos. Com seu futuro salvo, Marty vai para o tribunal, onde o Doutor está fazendo os preparativos finais antes que caia o raio. 


Marty tenta avisá-lo sobre seu assassinato em 1985 com uma carta, porém o Doutor a rasga sem ler, com medo de alterar o futuro. Um enorme galho de árvore acidentalmente desconecta o arranjo de fios do Doutor para capturar a energia do raio, porém Emmett conserta as conexões a tempo de enviar Marty de volta para 1985, exatamente às 22:04.

A tempestade

Não vou perder tempo de empilhar erros de continuidade ou as diferenças claras entre o final da Parte 1 para a continuação. Não é segredo que filmaram depois, trocaram a atriz que faz a namorada de Marty (Claudia Wells, que interpretou Jennifer Parker em De Volta para o Futuro (1985), deu seu papel a Elisabeth Shue para De Volta para o Futuro II (1989) e De Volta para o Futuro III (1990) quando sua mãe foi diagnosticada com Câncer.), Glover não voltou para as continuações (usaram cenas antigas ou dublês) e que o filme foi feito anos depois devido ao sucesso do primeiro. A ênfase do post é nos fatos, curiosidades e no filme que quase foi com outro ator...


Quantas vezes eu escutei meu pai dizendo sobre como era nossa cidade em sua juventude, com poucas casas, pouco desenvolvida. A imaginação sobre esta visão de como seria o passado sempre permeou a mim e tantas milhares de pessoas. Afinal, como eram meus pais em suas juventudes? Como agiam? Marty nos representa em De Volta para o Futuro, realizando o sonho (que ele não tinha) de voltar ao passado (depois ir para o futuro, voltar para um passado mais distante ainda e só ai, voltar para casa). A sua jornada é de um completo sufoco, ainda que ele tenha nas mãos uma máquina do tempo. A genialidade do roteiro, que veio de uma situação pessoal de Bob Gale, trabalha idas e vindas temporais, e ainda nos dá diversos fan services inesquecíveis.

Alguns (muitos) detalhes não são percebidos na primeira vez que você assiste ao filme. Um caso: quando ele viaja no tempo, está no Twin Pines Mall (nome do shopping "Pinheiros Gêmeos"). Ao chegar em 1955, uma das primeiras coisas que Marty faz é passar com o carro em cima de um dos pinheiros. Quando ele volta a 1985, o nome do shopping muda para One Pine Mall (ou shopping "Um Pinheiro"). Detalhes que não tornam a diversão maior, mas adiciona camadas a trama de forma tão interessante, que diversos livros foram escritos sobre estes eles.


Loop temporal...

Há várias formas de interpretar os acontecimentos. Uma das mais curiosas é imaginar que Marty está preso num loop temporal. Alguns pontos da trama reforçam esta ideia, como a morte de Doc no início, que não é gráfica e, portanto, podemos imaginar que ele já está usando colete. Da mesma forma, quando Marty está no Café com o pai, o personagem Goldie Wilson fala sobre como a cidade precisa de melhorias e Marty fala que ele será o prefeito, dando o gatilho para sua candidatura. 

Bom, o que faz esta teoria cair por terra é o fato de que Marty propõe uma mudança de atitude no pai, que era considerado um "banana" e depois do encontro no estacionamento, ele passa a ser mais confiante, pondo um fim ao bullying que sofria por parte de Biff e sua gangue. Como no início da trama, o pai é um panaca, só podemos entender que a jornada de Marty foi transformadora para todos. Portanto, ele não poderia estar num loop.

Back to...

O diretor da Universal Pictures, Sid Sheinberg, não gostou do título "De Volta para o Futuro", insistindo que ninguém veria um filme com "futuro" no título. Em um memorando para Robert Zemeckis, ele disse que o título deveria ser alterado para "Homem do Espaço de Plutão", vinculando-se às piadas de Marty como alienígena do filme, e também sugeriu outras mudanças, como substituir o "Sou Darth Vader do planeta Vulcano " para " Eu sou um astronauta de Plutão! " Sheinberg foi persuadido a mudar de ideia.

A inspiração para o filme veio do  roteirista e produtor Bob Gale (como dito acima), que concebeu a ideia depois de visitar seus pais em St. Louis, Missouri, após a estréia de Carros Usados. Revirando seu porão, Gale encontrou o anuário da época de colégio de seu pai, descobrindo que ele foi presidente de classe no seu ano de formatura. Gale pensou no presidente de sua própria classe de formatura, que era uma pessoa que nada tinha a ver com ele. Gale se perguntou se ele teria sido amigo de seu pai se os dois tivessem estudado juntos. Quando ele retornou para a Califórnia, ele contou a Robert Zemeckis sobre seu novo conceito. 

VEJA ACIMA COMO ESTÃO ALGUMAS LOCAÇÕES HOJE

Originalmente, era intenção de Robert Zemeckis que a máquina do tempo fosse construída em uma geladeira. A ideia foi abortada porque havia o temor de que crianças resolvessem escalar geladeiras e até mesmo entrar nelas, por causa do filme. Houve várias modificações até que se encontrasse a máquina do tempo perfeita para De Volta para o Futuro. Uma delas era que a máquina estivesse instalada em um Delorean, mas apenas funcionasse se o carro fosse dirigido durante uma simulação de explosão de uma bomba atômica.

555-4823

Michael J. Fox sempre foi a primeira escolha de Marty, mas ele não estava disponível devido a conflitos de agenda com seu trabalho em Caras e Caretas (1982). Como a co-estrela Meredith Baxter, estava grávida na época, a Fox foi obrigado a atrasar o programa. O produtor Gary David Goldberg, simplesmente não podia se dar ao luxo de dispensar a Fox. Zemeckis e Gale então escalaram Eric Stoltz como Marty com base em sua atuação em Marcas do Destino (1985). 


Depois de seis semanas de filmagem, Robert Zemeckis e Bob Gale sentiram que Stoltz não era o indicado para o papel, e Stoltz concordou. A esta altura, Baxter estava de volta ao programa e Goldberg concordou em deixar a Fox sair para fazer o filme. A Fox elaborou um cronograma para cumprir seu compromisso com os dois projetos. Todos os dias durante a produção, ele dirigia direto para o set de filmagem depois que a gravação do programa terminava e dormia em média cerca de cinco horas. A maior parte da produção foi filmada a partir das 18h às 6h, com as cenas diurnas filmadas nos finais de semana. Refazer as cenas de Stoltz adicionou 3 milhões de dólares ao orçamento.

As partes do roteiro com referências ao presidente Ronald Reagan precisavam ser revisadas pela Casa Branca para aprovação, a fim de não ofender o presidente. Os produtores se preocuparam com a reação de Reagan à famosa frase de Doc Brown, zombando da improbabilidade de ele ser presidente em 1985, mas dizem que Reagan se divertiu muito com isso. Doc também pergunta se Jane Wyman é a primeira-dama. Wyman foi casada com Reagan de 1940 a 1948.


A data em que Marty McFly viaja para o passado, 5 de novembro, é a mesma data da viagem no tempo mostrada no filme Um Século em 43 Minutos (1979). A rua principal da cidade mostrada em De Volta para o Futuro é a mesma utilizada em Gremlins (1984).

No laboratório de Doc Brown, quando Marty McFly conecta sua guitarra em uma caixa amplificadora, aparece um aviso com os dizeres "CRM-114". Trata-se de uma homenagem a dois filmes do diretor Stanley Kubrick, já que CRM o nome do decodificador de mensagens de Dr. Fantástico (1964) e 114 o número serial da exploração em Júpiter, de 2001 - Uma Odisseia no Espaço (1968).

Um cinema mostrado em 1955 possui dois títulos em um cartaz: "A Boy's Life" e "Watch the Skies". Eles são nada mais nada menos que os títulos iniciais de dois grandes sucessos da carreira de Steven Spielberg, E.T., O Extra-terrestre (1982) e Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977)..

Enfim, De Volta para o Futuro é um blockbuster rico, criativo e que se tornou referência para a década de 80. 

2015

Há duas formas bem distintas de olharmos para as continuações do clássico de 1985: a primeira, encarar a diversão de peito aberto, sem passar tempo pensando sobre a direção errática da história; a segunda, caçar erros, defeitos e perder o entretenimento. Não há duvidas, no meu caso vou pelo primeiro.

O filme é uma sequência imediata do anterior. Marty, depois de encontrar sua namorada, vai até 2015 para impedir que seu filho seja preso. Porém Biff, um velho inimigo de família, descobre onde Marty e o Dr. Brown esconderam a máquina do tempo e volta ao passado para entregar um livro com resultados de jogos da temporada para ele mesmo. Agora Marty e o Doutor precisam correr contra o tempo para impedir que o presente e o futuro sejam alterados pelos acontecimentos. Ele aprende da maneira mais complicada possível como é perigoso tentar mudar o presente.


A obra é recheada de auto referências que se mostram muito mais divertidas quando vemos os filmes em sequência. Por exemplo, Marty não sabe abrir um refrigerante em 1955. Em 2015, também não consegue. Perceber cada detalhe é parte da diversão. E há muitas homenagens distribuídas pela produção, como na rápida cena em que um carro quase atropela o filho de Marty. Ele grita: "Eu estou andando aqui, estou andando aqui", uma frase dita por Ratso Rizzo (Dustin Hoffman)  em Perdidos na Noite (1969).

Um cinema do futuro anuncia o lançamento de Tubarão 19, dirigido por Max Spielberg. Steven Spielberg, um dos produtores executivos do filme, realmente tem um filho chamado Max. Marty ao ver o holograma diz "- O tubarão ainda parece falso", referindo-se à frustração e dúvidas de Spielberg sobre "Bruce", o tubarão mecânico que parecia muito fake para ele.


Quando Marty chega em 2015, ele olha pela vitrine de uma loja de antiguidades e lá vê uma jaqueta que ele mesmo usava em 1985, um boneco do personagem Roger Rabbit e um jogo da Nintendo baseado no filme Tubarão, de 1975. Uma Cilada para Roger Rabbit (1988) foi dirigido pelo próprio Robert Zemeckis. Aliás, os mais observadores podem ver vários carros de outros filmes de ficção científica, incluindo um Spinner de Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982), e o StarCar de O Último Guerreiro das Estrelas (1984).

As filmagens de De Volta para o Futuro 2 e De Volta para o Futuro 3 ocorreram simultaneamente, com os dois filmes sendo lançados nos cinemas com uma diferença de apenas 6 meses. Este segundo filme, eu assisti no Cine Icaraí, que ficava na praia de mesmo nome em Niterói, Rio de Janeiro. O segundo, no Cine Excelsior, em Juiz de Fora.

Chicken

O filme apresentou vários conceitos que foram realmente desenvolvidos ao longo das décadas, como a TV de tela plana, óculos VR e a interatividade/conexão das pessoas, biometria, pagamentos digitais, drones, jogos com sensores de movimento.

O Almanaque que é entregue ao jovem Biff dizia que em 1997 um time da Florida ganharia o Campeonato Nacional de Baseball. Pois em 1997, o Florida Marlins, um time que nem existia quando De Volta para o Futuro 2 foi realizado, ganhou o Campeonato Nacional de Baseball. Bizarro, não?

De acordo com Michael J. Fox, ele descobriu que haveria uma continuação de De Volta para o Futuro (1985) quando assistiu a versão em VHS e as palavras "Continua" foram adicionadas no final. Ele imediatamente ligou para seu agente para ter certeza de que estaria na sequência. O enredo de George McFly estar morto em 1985  foi baseado inteiramente na recusa de Crispin Glover em fazer o filme. Ele processou os produtores, pois não havia concedido permissão para usar sua imagem na Parte II.


Depois que Biff fica com sua bengala presa no DeLorean ao retornar a 2015, ele começa a se debater de dor, aparentemente tendo dificuldades com o esforço. Robert Zemeckis afirmou que Biff estava experimentando a mesma coisa que Marty fez no baile no primeiro filme: desaparecendo da história. A ideia era que, ao voltar no tempo para dar o almanaque esportivo ao seu eu mais jovem, Biff de alguma forma alterou seu próprio futuro para que ele não existisse mais no ano de 2015. Uma cena deletada nos extras do DVD torna isso muito mais claro quando vemos Biff desaparecer.

Neste filme, um disfarçado "Doc Brown" de 1985 mantém uma conversa com seu eu de 1955. Doc (de 85) está vestindo um casaco marrom e chapéu. Se você olhar com atenção em De Volta para o Futuro (1985), poderá ver um homem vestido exatamente assim (e, portanto, presumivelmente Doc) se afastando pouco antes da cena da torre do relógio. No comentário do DVD, explica-se que isso não foi intencional, pois o roteiro de De Volta para o Futuro II (1989) ainda não havia sido escrito na época em que filmaram o primeiro. 


Perto do final do filme, quando Marty está tentando roubar o almanaque de Biff, eles se aproximam de um túnel. Este é o mesmo que o investigador particular Eddie Valiant atravessa para chegar a Toontown em Uma Cilada para Roger Rabbit.

Aliás, na cena final, o "99" que aparece no céu quando Doc é atingido pelo raio não pretende representar uma figura matemática que designa um número de anos percorridos no tempo. É apenas o par de "linhas em espiral" flamejantes que as rodas do DeLorean fizeram enquanto girava rapidamente depois de ser atingido pelo raio.. 

O que nos leva a...


1885

Na história do cinema, reinava uma maldição sobre o terceiro filme de uma franquia: ele era invariavelmente, o mais fraco (mas nem sempre ruim). De Volta para o Futuro não fugiu a regra, ainda que seja divertidíssimo, e até mais bem feito que o anterior.

Dando sequência à trama, após receber uma carta de Doc (Christopher Lloyd) datada de 1885, Marty McFly (Michael J. Fox) decide viajar para o Velho Oeste, no dia 2 de setembro do mesmo ano. Lá ele descobre que o doutor está fugindo de uma gangue de bandidos e se apaixonará por uma professora da época. Marty tem apenas cinco dias para salvar a si e aos seus amigos e voltar para o futuro.


Na pré-produção de "De Volta para o Futuro II e III e foram gastos dois anos construindo os cenários e finalizando os roteiros. Eles foram filmados consecutivamente ao longo de onze meses, a fim de aproveitar a longa pausa de Michael J. Fox em Caras e Caretas (1982), que estava chegando ao fim de sua temporada. Enquanto a Parte III estava sendo filmada, a Parte II estava sendo editada. Estima-se que a Universal tenha economizado entre US$ 10 e US$ 15 milhões ao filmar De Volta para o Futuro II (1989) e De Volta para o Futuro III (1990) simultaneamente.

Referências e auto referencias não poderiam ficar de fora: Marty usa um prato de torta  "Frisbie" para tirar uma arma da mão de Mad Dog. Em 1871, a Frisbie Pie Company começou em Connecticut. Suas formas de torta foram jogadas no campus de Yale, e isso acabou levando à invenção dos Frisbees.


Os três veteranos no salão foram interpretados por Dub Taylor, Pat Buttram e Harry Carey Jr., que interpretaram ajudantes, bêbados da cidade e habitantes coloridos da cidade em centenas de westerns e programas de televisão.

Cada um dos capangas de Needles vem de uma das outras gangues da trilogia. JJ Cohen interpretou Skinhead na gangue de Biff em De Volta para o Futuro (1985) e De Volta para o Futuro II (1989). Ricky Dean Logan interpretou Data na gangue de Griff em De Volta para o Futuro II (1989) e Christopher Wynne interpretou um membro não identificado da gangue de Buford neste filme. Cohen aparece em todos os três filmes.


Quando Doc e Marty estão no drive-in preparando o DeLorean para a viagem a 1885, Marty menciona Clint Eastwood e Doc responde: "Clint quem?" Nesta cena, há um pôster de filme na parede do drive-in mostrando A Revanche do Monstro (1955) e Tarântula! (1955), algumas das primeiras aparições no cinema de um jovem e então desconhecido Eastwood. Marty até olha e aponta brevemente para o pôster enquanto diz a Doc: "Isso mesmo, você ainda não ouviu falar dele".

A localização de Hill Valley de 1885 era a mesma usada para O Cavaleiro Solitário (1985), de Clint Eastwood. Ironicamente, esse filme foi derrubado do primeiro lugar nas bilheterias em 1985 por... De Volta para o Futuro (1985). 


O relógio da Torre do Relógio de Hill Valley pode ser visto ao fundo sendo descarregado do trem enquanto Doc e Marty conversam com o condutor sobre a velocidade do trem. O mesmo relógio pode ser visto sendo descarregado no filme de Clint Eastwood O Cavaleiro Solitário (1985).

Em 1976, Matt Clark interpretou Kelly o bartender em Josey Wales, o Fora da Lei (1976), servindo Josey Wales. Aqui, Clark interpreta Chester, o barman servindo "Clint Eastwood" (Marty McFly). Quando Doc atira na corda pendurada, é uma referência ao filme Três Homens em Conflito (1966), em que o personagem de Clint Eastwood atira na corda na qual Tuco está pendurado.


Em De Volta para o Futuro II (1989), Biff assiste Por Um Punhado de Dólares (1964) na alternativa 1985, em que o personagem de Clint Eastwood usa chapas de aço por baixo do poncho. Marty (chamando a si mesmo de "Clint Eastwood") usa a escotilha de um fogão sob seu poncho em 1885. A placa no cruzamento do trem em 1985 identifica o local (anteriormente Clayton Ravine) como "Eastwood Ravine" nomeado para o personagem de Marty.

Doc Brown fica no bar com uma dose de uísque na mão a noite toda e, em seguida, desmaia imediatamente depois de beber, após o que, o barman faz uma mistura especial chamada "suco para acordar" para reanimá-lo. Em Latigo, o Pistoleiro (1971), Doc Schultz (Dub Taylor), que já está bastante bêbado, também é visto bebendo uma única dose de uísque no bar antes de desmaiar imediatamente. E depois o barman prepara uma bebida especial para revivê-lo rapidamente. Neste "De Volta para o Futuro III", Dub Taylor interpreta um dos três veteranos no bar que incomodam Marty e Doc Brown.


A personagem Clara Clayton é uma referência a Clara Clemens, filha de Samuel Clemens (Mark Twain). Clara Clemens saiu em um passeio de trenó com seu futuro marido, Ossip Gabrilowitsch, o cavalo se assustou com um jornal varrido pelo vento e fugiu enquanto Gabrilowitsch perdeu o controle. No topo de uma colina, próximo a uma queda de quinze metros, o trenó capotou, jogando Clemens para fora. Gabrilowitsch saltou e pegou o cavalo pela cabeça, parando-o quando ele estava prestes a mergulhar na margem, arrastando Clemens com seu vestido preso em uma passadeira.

No filme há várias passagens que conectam as histórias de personagens dos três filmes, bem como do comércio, dando ideia de um ciclo. Por exemplo, o nome no vagão de estrume em 1885 lê "A. Jones". Em De Volta para o Futuro (1985), o nome no caminhão de esterco de 1955 dizia "D. Jones".


Outro caso: uma concessionária de cavalos em 1885 é de propriedade dos Statlers. Em De Volta para o Futuro (1985) há um anúncio no rádio para "Statler Toyota" em 1985. Em 1955, "Statler Motors Studebaker" é visível perto do teatro da cidade.

Antes de enviar Marty de volta a 1885, Doc menciona que ele usa o cinema drive-in para que Marty não esbarre em uma árvore que existiu no passado. Em De Volta para o Futuro (1985), uma das primeiras coisas que Marty faz em 1955 é se deparar com o pinheiro do fazendeiro Peabody que existiu no passado mudando a realidade de 1985.


Durante a cena em que eles estão preparando o DeLorean no Pohatchee Drive-In Theater, Marty diz: "Sabe, doutor, vai ser uma longa caminhada de volta a Hill Valley". Ele realmente não está brincando. De Monument Valley, UT, onde eles construíram o drive-in, até o código postal do fictício Hill Valley, CA, 95420 (na verdade, Caspar, CA), fica a 1612  quilômetros e ele gastaria algo em torno de 334 horas, que caminhando oito horas por dia levaria aproximadamente 42 dias. Caberia uma cena com Marty no deserto tocando aquela "It's a long road" de Dan Hill, que toca em Rambo, não acha?

Para encerrar, algumas rápidas: 

  • Em todo filme há uma cena em que Marty é nocauteado e acordado por alguém parecido com sua mãe (ou a própria em tempos diferentes), pois ele acha que suas experiências passadas foram um sonho.
  • Há sempre uma cena com Marty entrando em um bar público onde Biff (ou um de seus parentes) entra gritando "Hey McFly?".
  • Sempre há uma cena com Marty sendo perseguido por alguém parecido com Biff (ou o próprio) e sua gangue (na Parte I, ele estava em um skate; na Parte II, ele estava em um hoverboard).
  • A máquina do tempo sempre se torna inutilizável em algum momento.
  • Personagens relacionados a Biff foram cobertos de esterco em todos os filmes e sempre são espancados por Marty.
  • Michael Winslow ("Jones" da Loucademia de Polícia) executou os efeitos sonoros dos pés de Michael J. Fox durante a sequência de break dance. Ele recebeu um crédito de "Agradecimentos Especiais".

E espero que não haja revivalssequelsprequels. De Volta para o Futuro merece estar ligado para sempre à memória afetiva de todos nós.


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