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RODIN (2017) - FILM REVIEW


Uma das grandes virtudes do cinema sensibiliza justamente uma de suas maiores falhas. Há tantas histórias belas e diferentes a serem exploradas, mas diretores e produtores insistem em adaptar histórias "n" vezes contadas.

Não é o caso de Rodin. Explorando o personagem no cinema, descobri apenas dois filmes sobre sua amante e uma única sobre o artista. E hoje, vamos falar dela. Mas como ele é um artista pouco difundido no cinema, vamos explorar primeiro, um pouco da sua vida particular.


Auguste Rodin (1840-1917) foi um escultor francês. "O Pensador", "O Beijo", "A Porta do Inferno", são algumas de suas famosas esculturas. Foi um dos artistas mais influentes do século XX.

O famoso escultor francês Auguste Rodin nasceu na cidade de Paris, no dia 12 de novembro de 1840, sendo batizado como François-Auguste-René Rodin. Crescendo no seio de uma família humilde, logo cedo revelou sua veia artístico esculpindo formas na massa que sua mãe  utilizava para fabricar o pão. Seu pai era um modesto funcionário do departamento de Polícia, ambos apoiaram o menino nas suas tendências artísticas. Ao entrar na escola ( de Artes Decorativas), foi orientado por Lecoq de Boisbaudran e de Louis Pierre Gustave Fort.

Seu primeiro trabalho foi como ornamentista para empresários de decoração na Paris reestruturada por Haussmann, no período do imperador Napoleão III. Tentou três vezes entrar na Escola de Belas Artes, mas não teve sucesso.


Ao tentar expor uma obra sua em um salão oficial, o Salon de Paris, ela foi recusada. A alegação era que seu trabalho, O Homem de Nariz Quebrado, de 1864, estava incompleto. Neste mesmo ano ele se casou com Rose Beuret, modelo viva de suas primeiras criações, com quem viveu por toda sua existência. Um ano depois ele travou contato com Meunier, empreendendo uma viagem fundamental à Itália, o que refletiria significativamente em sua obra.

Em 1871, Auguste Rodin foi para Bruxelas, acompanhando Carrier, para decorar a Bolsa do Comércio. Em 1875 foi para a Itália, onde apreciou as obras de Michelangelo. Sua primeira escultura exposta ao público foi "A Idade do Bronze" (1876), com traços chocantes para o gosto da época, provocando grande escândalo. Muitos o criticavam, alegando que ele teria realizado esta escultura a partir de um modelo vivo.

Voltando à França, preparou seus trabalhos para a exposição Universal de 1878.  Ele consolidou sua carreira com o célebre São João Batista Pregando. Em 1880 recebeu a encomenda de uma porta monumental, em bronze, para o Museu de Artes Decorativas de Paris, cujo tema escolhido por Rodin foi a “Divina Comédia de Dante”. “A Porta do Inferno” (1880-1917) traz 180 figuras de vários tamanhos. Em 1884, recebeu uma encomenda e elabora o "Monumento aos Burgueses de Calais", para a exposição Monet-Rodin de 1889. Produziu o "Monumento a Victor Hugo", para o Panteão e o "Monumento a Balzac", para a Sociedade dos Homens de Letras.


Em 1885 o escultor deu início a uma relação amorosa com sua pupila Camille Claudel, o mais atormentado de seus relacionamentos afetivos, o qual teve um fim trágico (Em 1906, ela destrói grande parte de seu próprio trabalho sendo internada num hospital para doentes mentais, onde passou 30 anos de sua vida, até sua morte).

Rodin deixou um arquivo com 7000 imagens, que permitem seguir passo a passo, a elaboração de suas esculturas, como a do "Monumento aos Burgueses de Calais" (1895) e o "Pensador" (1902), obra que inicialmente foi colocada diante do Panteão em 1906. Em janeiro de 1917, Rodin casa-se com sua companheira Rose Beuret, mas ela morre duas semanas depois e Rodin morre no dia 17 de novembro do mesmo ano. Ambos estão enterrados no parque da Villa des Brillants, em Meudon, França, onde o artista tinha um ateliê.


Enquanto os pintores franceses descobriam o impressionismo, Rodin percorria, na escultura, um caminho semelhante. Procurou novos efeitos para a escultura, oferecendo uma imagem de "insegurança", que se traduzia em novos efeitos de luz e sombras. Junto com esses métodos de expressão inovadores, continuou a utilizar um estilo de representação que evocava as imagens heroicas tradicionais.


Rodin trouxe visibilidade para a manifestação da alma humana por meio de gestos e expressões enérgicos e penetrantes. Tornou-se, assim, o renovador da escultura européia, abrindo caminho para novos estilos e utilizando, ao mesmo tempo, elementos originários do expressionismo.


A produção, situada em 1880, conta a história do escultor Auguste Rodin (Vincent Lindon) já  bastante conhecido, porém frustrado por não conseguir uma encomenda do Estado. Esta oportunidade chega aos 40 anos de idade, com a escultura "La Porte de l'Enfer". 


O filme mostra também a relação com a esposa Rose Beuret (Séverine Caneele),  e sua paixão pela aprendiz talentosa Camille Claudel (Izïa Higelin), que se torna sua amante. E quando este relacionamento  acaba, Rodin muda radicalmente a forma de seus trabalhos.

Rodin é dirigido  por Jacques Doillon, o experiente  realizador francês, que fez o maravilhoso Ponette (1996).  Curioso notar que ele optou por fazer um filme sobre a parte do auge do artista.

O filme Camile Claudel (de 1985) aprofunda a relação dos dois, mostrando que ela teve depressão em função da sociedade machista que a discriminou por conta do relacionamento extra conjugal (detalhe, o casado era ele !!!).

E a produção de 2013, homônima com a anterior, mostra sua dura trajetória na clínica psiquiátrica. Desta forma, assistir aos 3 filmes se torna um interessante painel sobre a vida de Rodin e sua amante.

Falta agora um filme que mostre os primeiros anos do artista.



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