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ESQUADRÃO SUICIDA (2016) - CRÍTICA DE RUBENS EWALD FILHO


Esquadrão Suicida (Suicide Squad)

EUA, 16. 123 min. Direção e roteiro de David Ayer. Com Jared Leto, Wil Smith, Margot Robbie, Viola Davis, Common, Ezra Miller, Jai Courtenay, Jay Hernandez, Cara delevingne, Joel Kinamann, Scott Eastwood, Ben Affleck, Ike Barinholtz, David Harbour, Adam Beach.

Num primeiro momento fiquei atento e quase entusiasmado, uma edição ágil apresentava aqueles que viriam a ser os criminosos mais perigosos da América, repleto de grafismos, detalhes e até flashbacks rápidos e explicativos. Teve instante até em que eu ingenuamente pensei, é tudo que não precisamos no momento, divulgar e criar bandidos irremediáveis neste momento tão violento (no mundo) que vivemos! Mas não é bem assim. Não demora muito, conforme vamos conhecendo melhor os personagens. Surgem pai preocupados com a filha, marginais de coração mole, bebes fofos que roubam o coração dos ditos irremediáveis criminosos. E cai a máscara da face. Na verdade, é um filme como outro qualquer que junta um grupo de ditos perigosos assassinos que seriam irremediáveis (se não me engano, já em Os Doze Condenados, 67 de Robert Aldrich, fazia algo parecido, chamando criminosos irremediáveis para missões suicidas onde todos eles se revelam patriotas e de coração mole! E houve muito mais, como Sete Homens e um Destino, sempre na mesma tônica).

Aqui no fundo é a mesma coisa. Colocam como a chefe do grupo a irretocável Viola Davis, cuja cada frase é um adaga certeira no tema em discussão (embora personagem feminino frio e cruel e eficiente já é outro clichê!) o que permite que o script seja pontilhado por frases inteligentes e ocasionalmente engraçadas. Mesmo assim para cada acerto há dois erros graves. Por exemplo, o novo Coringa feito por Jared Leto é leviano e inexpressivo, parecendo mais Macaulay Culkin gripado, é a maior decepção do grupo de bandidos. De Will Smith há muito não se esperava nada, mas como o líder do esquadrão é quem tem os diálogos mais clichês e infelizes. Embora nada chegue perto da magricela Cara delevingne que posa como a Bruxa menos ameaçadora do cinema (ainda mais se considerando que é a única verdadeiramente vilã da aventura). Nem tudo porém está perdido, porque a maior parte do elenco ou some nas lutas ou fica irreconhecível com a maquiagem. A exceção é a deslumbrante Margot Robbie (como Harley Quinn) que dá charme mesmo quando o personagem não tem sentido!

 O orçamento que dizem ser de 175 milhões fica escondido nas habituais explosões e lutas campais que cheiram a marca registrada de Zach Snyder e Deborah Snyder, coprodutores que assinam de forma discreta para não levarem pedradas. Há ocasionais risadas, mas na sessão de imprensa nenhum momento mais notável nem mesmo no trecho final, já depois dos primeiros letreiros (onde novamente fazem questão de outra vez colocar Batman de malvado , na pele de Ben Affleck!).

Dizem que na pré estreia americana do filme (da DC) o diretor Ayer zombou da Marvel (e depois se arrependeu). Mas para meu gosto, eles ainda estão bem na frente.


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