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PROCURANDO DORY (2016) - CRITICA POR RUBENS EWALD FILHO


Procurando Dory (Finding Dory)

EUA, 16. 97 minutos. Direção de Andrew Stanton e Angus MacLane.

Sempre parece suspeito quando a Pixar (hoje Disney) faz uma continuação de uma obra-prima. Embora tenha conseguido acertar com a trilogia Toy Story (e parece que vem outra por aí!) é sempre um risco fazer essa concessão puramente de bilheteria em vez de uma necessidade artística. E curiosamente embora o filme não seja tão longo assim, fiquei com a impressão de que ele era interminável principalmente na metade da história para depois concluir numa sequência de trombadas e perseguições (numa estrada, não debaixo d´água) que parece fora de hora. Ou será má vontade diante de uma animação bastante boa mas repetitiva e menos original (apesar de serem os mesmos diretores). A voz de Dory é feita no original pela apresentadora Ellen De Generes que fez em seu programa uma grande campanha pela continuação (ela fez o personagem em 2003, 12 anos atrás). Ainda é o segundo filme da Pixar com mais bilheteria (936 milhões de renda) perdendo apenas para Toy Story 3.

O ponto de partida ainda é o mesmo, Dory continua a sofrer de falha de memória de fatos recentes (short term lost, em inglês) e muito ajudada pelos seus pais, que se dão ao trabalho de marcar o caminho de seu lar com conchas num Coral. Ainda assim se perde passando a conhecer outros seres marinhos, com destaque para um polvo avermelhado com sete braços mestre em se disfarçar e outras figuras amigáveis (até grupo de arraias) com um pequeno problema, passa-se menos tempo no fundo do mar (as imagens ainda são bonitas e impressionantes), mas a história logo se transfere para o Instituto de Vida Marinha da Califórnia (em vez dos Sea Worlds de antigamente hoje desmoralizados) onde irá transcorrer a sua parte final, envolvendo vários outros peixes e mesmo animais que irão ajudar o reencontro de Cory. Detalhes curiosos: a música final é a antiga e bela canção de Nat King Cole e depois cantada ela sua filha Natalie, Unforgettable/Inesquecível; e sem dúvida a parte de dublagem mais bizarra é uma aparição da voz de Marilia Gabriela!; Desta vez não tem o escritório do dentista australiano felizmente. Aqui se fala muito do slogan do lugar, que é Salvar, Reabilitar e Libertar.

Não há mais a surpresa, Dory é um personagem ingrato porque fica se repetindo (e a solução final não tem muito sentido), mas nem por isso a animação deixa de ser divertida e alegre. Se bem que é roubada pelo curta-metragem que o acompanha e que se chama Piper (Descobrindo o Mundo), um encantador e fofo curta de 6 minutos, delicado sobre um pássaro que tem que se acostumar a pescar sua comida a beira mar. Feito por Alan Barillalo, tem tudo para ganhar o Oscar do ano que vem!


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