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A MORTE DO DEMÔNIO (2013) - RECOMENDAÇÃO DO DIA NA NETFLIX



A Morte do Demônio.Evil Dead. EUA,13. Direção de Fede Alvarez.Roteiro de Fede, Rodo Sayagues, Diablo Cody (nao creditado) baseado em original de Sam Raimi, 81, Com Jane Levy, Shiloh Fernandez, Lou Taylor Pucci, Jessica Lucas, Elizabeth Blackmore e aparições não creditadas de Lorenzo Lamas (engolidor de cobras), e Bruce Campbell (como Ash). 

Ainda no começo da era do Video/VHS, fui dos quem descobriu primeiro as qualidades de The Evil Dead-A Morte do Demônio, 1982, do então totalmente desconhecido Sam Raimi com um elenco igualmente não- famoso (a não ser por Bruce Campbell, que estaria depois em todos os trabalhos de Raimi). Era um tipo de terror diferente (embora eu preferisse a continuação). São cinco estudantes que vão passar uma temporada numa casa isolada na Floresta. A ponte de ligação para a casa cai e eles ficam presos. Descobrem sinais do antigo morador que libera a força maligna que habita o lugar. Rodado como The Book of Dead, foi o primeiro de uma trilogia que revelou o hoje consagrado diretor Raimi e que virou cult por causa de cenas explicitas sanguinolentas (Gore), sua câmera super ágil e a habilidade com que os realizadores superaram a falta de recursos (o filme era quase amador)  com efeitos e maquiagem criativos. Por vezes era mais engraçado que assustador (ou será que Raimi descobriu que humor também faz parte do gênero?). A parte 3 já fugia do tema mas a segunda era ainda mais delirante e divertida (tanto que se chamou aqui Uma Noite Alucinante) ainda que praticamente fosse também tipo refilmagem. 

De qualquer forma, Raimi depois teria uma carreira bem sucedida, como produtor (as series de teve Xena, Hercules, Young Hercules, Spartacus dentre outras), demonstrando sua paixão pelos quadrinhos (no hoje Cult telefilme   Darkman /Vingança sem rosto, 90) que deu o estrelato para Liam Neeson e principalmente sua trilogia de Homem Aranha (depois disso voltou ao terror com o criativo e interessante, Arrasta-me para o Inferno, 09 e agora com o mega Oz: Mágico e Poderoso (em parte incompreendido pelos que não entendem que não podiam usar o material do original da Metro é por enquanto a maior renda de 2013 nos EUA com 212 milhões de dólares de renda).

Esta refilmagem autorizada rendeu bastante ate agora nos EUA (35 milhões de dólares para custo de 17), por causa dos fãs que não se decepcionaram. Principalmente por ser muito fiel a primeira versão, embora sem o charme de ser tão mal acabado (como era o original) e porque o diretor simplesmente não tem qualquer senso de humor. A verdade é que o gênero necessita de alívios cômicos, como bem demonstrou Hitchcock e depois De Palma e mesmo Carpenter. Mas o Sr Fede se limitou a multiplicar as cenas de Gore, com mais e mais violência explicita, partindo para o Grand Guignol (teatro de bonecos franceses) e o lúgubre mas sem sustos e ou surpresas.

Embora esse “gore” possa ser ofensivo em outros casos, não me tocou ou deixou impressionado. Talvez por causa do elenco que não revela ninguém. O protagonista masculino, o tal de  Shiloh Fernandez que faz o irmão distante David, que não tem tipo para sustentar um filme desta natureza (é uma besteira ele ser acusado de não ter vindo visitar a mãe doente, como se isso fosse o pior crime do mundo). Gostei apenas da bela mulata Jessica Lucas (de Cloverfield) e da atriz principal que faz Mia, porque é a que sofre mais com maquiagens terríveis e cenas degradantes (ate enterrada  viva chega a ser). 

O roteiro segue basicamente o original, se limitando apenas aos dois casais que vem se juntar a Mia (que esta tentando se livrar do vicio em drogas sem êxito) para tentarem fazer uma espécie de “intervenção” e livrá-la do vicio! Mas acabam mexendo e lendo O Livro dos Mortos que encontram na casa. Para que? Libertam assim os espíritos malignos que  atravessam rapidamente a floresta (citação do Primeiro filme) e começa a sangreira (tem também um cachorro mas este morre discretamente porque o publico reclama mais de bichos do que gente). Não vou descrever as mortes lentas e detalhadas que sempre me parecem sádicas (o fato de quase não ter CGI faz que essa impressão fique mais forte, ou seja, é menos estilizado e onírico).E o trabalho de Fede fica mais para Eli Roth (O Alberque) do que Raimi. Mais “Porn terror” que qualquer outra coisa. (Ah, o filme deve ser citação de Carrie, a Estranha).

      Já se tentou fazer remakes de todos os títulos famosos de terror dos anos 80 e todos invariavelmente erraram e  fracassaram. Este aqui só é o menos ruim deles.

Apoiado por Raimi, o projeto foi dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez (juro que não farei piadinhas com o infeliz nome do rapaz, abreviação de Federico) que tem em seu curriculum apenas quarto curtas de terror.   


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