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50 CURIOSIDADES SOBRE OS FILMES DE QUENTIN TARANTINO



“Eu nunca frequentei a escola de cinema. Eu frequentei o cinema”.
                                                                                                               QUENTIN TARANTINO

Aqui você encontra TEORIAS, FATOS, SPOILERS, CULTURA POP, TARANTINO.

É bem conhecido que todos os filmes de Tarantino se situam no mesmo universo – isso é estabelecido pelo fato de Mr. Blonde e Vincent Vega serem irmãos, todo mundo fumar cigarros Red Apple, Mr. White ter trabalhado com Alabama de Amor à Queima Roupa e etc.

Acontece que Donny Donowitz, o Urso Judeu, é pai do produtor de filmes Lee Donowitz de Amor à Queima Roupa – o que significa que no universo de Tarantino todo mundo cresceu aprendendo como um grupo de judeus metralhou Hitler até a morte num cinema em chamas, oposto de se matar escondido num bunker.

Pela Segunda Guerra Mundial ter terminado em um cinema, todo mundo dá grande importância à cultura pop e por isso todo mundo aparentemente tem grande nível de conhecimento sobre cinema e TV. Assim também, pelos Estados Unidos terem ganhado a Segunda Guerra em um ato concentrado de matança ultraviolenta, os Americanos como um todo são mais insensíveis a esse tipo de coisa. Por isso Butch (Bruce Willis em Pulp Fiction) não é perturbado por matar duas pessoas, Mr. White e Mr. Pink (Cães de Aluguel) têm um pragmático gosto por matar em seu tipo de trabalho, Esmeralda (a taxista que conversa com Butch em Pulp Fiction) é obcecada por morte, etc.

Podemos extrapolar isso mais ainda, ao perceber que os filmes de Tarantino são dois universos – ele já declarou isso ao dizer que Kill Bill e Um Drink no Inferno se situam no ‘universo de filme dentro de filme’; ou seja, são filmes que personagens de Pulp Fiction, Cães de Aluguel, Assassinos à Queima Roupa e À Prova de Morte iriam assistir nos cinemas. (Kill Bill, afinal, é Fox Force Five, série em que Mia Wallace estrela o papel principal, como dito em Pulp Fiction.)

O que imediatamente vem à mente sobre Kill Bill e Um Drink no Inferno é que ambos são muito violentos, até mesmo para os padrões de Tarantino. Esses são filmes produzidos num mundo em que a vitória dos Estados Unidos foi trancar um pessoal num cinema e explodir isso em pedaços – e não se esqueça, Lee Donowitz, filho de um membro da missão suicida para matar Hitler, é um produtor de filmes muito bem sucedido.

Basicamente, isso transforma cada filme de Tarantino em uma ficção científica de realidade alternativa. Eu amo tanto isso!”

O filme Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), é um dos maiores sucessos do cinema cult, e uma obra consagrada do diretor Quentin Tarantino. Deixando de lado todas as interpretações, resenhas e teorias, muita coisa rolou por trás das câmeras, e, após uma pesquisa incansável, trouxemos para você, leitor, curiosidades e fotos dos bastidores desta obra, que com o passar dos anos, se torna mais respeitada e admirada:

A mãe de Tarantino afirmou que, durante a gravidez, costumava escutar repetidamente música “You Never Can Tell”, de Chuck Berry, escolhida por ele para a cena da dança entre Mia e Vincent no Jack Rabbit.

Tarantino escreveu o papel de Jules especialmente para Samuel L. Jackson, entretanto, ele foi quase dado para Paul Calderon após uma grande audição do ator porto-riquenho. O primeiro teste de Jackson não tinha sido muito bom. Dizem que ele tinha apenas lido suas partes. Ao saber que poderia perder a vaga em Pulp Fiction – Tempo de Violência, o ator viajou até Los Angeles, fez o teste mais uma vez e garantiu o papel. Calderón ganhou um papel menor, como barman.

John Travolta não tinha sido o escolhido para o filme, foi Michael Madsen que ganhou o papel, mas ele não pôde (estava gravando Wyatt Earp), então, Travolta foi chamado para atuar.

O Honda Civic de Butch é o mesmo veículo usado em Jackie Brown e Kill Bil Vol. 2.

O mesmo ator que interpretou Vic Vega em "Cães de Aluguel", Michael Madsen, esteve cotado para interpretar Vincent Vega, o personagem de Travolta. O que não aconteceu e, aliás, uma das teorias dos fãs afirma que os dois são parentes e que as tramas dos filmes estão ligadas.

Muitas atrizes queriam o papel de Mia Wallace, entre elas, Meg Ryan e Isabella Rossellini, mas Tarantino estava tão desesperado para que Uma Thurman aceitasse o papel, que leu o roteiro inteiro para ela no telefone, fazendo-a aceitar.

Antes de Tarantino conhecer Bruce Willis, ele havia oferecido o papel para Matt Dillon, que pediu um tempo para pensar sobre o assunto. Tarantino conheceu Willis durante esse tempo, e acabou chamando-o para o papel.

Inicialmente, a música que toca na cena do estupro de Marcellus Wallace, no porão de uma loja de penhores, seria “My Sharona”, pois ele achava que tinha um ritmo de sodomia. Mas ele “perdeu” a música para a produção de “Reality Bites”, então, escolheu pela atual música, “Comanche”.

Originalmente, o personagem Jules deveria ostentar uma vasta cabeleira estilo black power, mas um membro da equipe mostrou uma peruca feita com cabelo encaracolado para Quentin Tarantino. O diretor gostou, Samuel L. Jackson experimentou a peruca, aprovou e ela foi usada no filme.

Em princípio, o papel de Lance seria interpretado por Tarantino, e o de Jimmie, por Eric Stoltz. Mas o diretor decidiu que queria estar atrás das câmeras na cena da injeção de adrenalina em Mia, por isso, trocaram os papéis.

Quando Mia volta para casa, após a overdose, faz um pacto de silêncio com Vincent, e ambos o firmam com um aperto de mãos. No restaurante, quando Vincent pergunta por que seu marido atirou Antoine pela janela do 4º andar, Mia diz que não sabe, e que a única parte de seu corpo que Antoine tocou, foi a mão. Esse aperto de mãos foi, também, um pacto de silêncio, e por isso Mia não conta o que realmente aconteceu com Antoine.

A espada que Butch usa para salvar Marcellus, é a mesma usada em Kill Bill.

A marcante cena que Mia recebe uma injeção de adrenalina direto no coração foi uma das mais complicadas de gravar, devido à necessidade de transmitir uma sensação de urgência e stress do momento. Embora que Tarantino tenha engenhosamente usado de um interessante recurso para aliviar um pouco a pressão. A cena foi revertida na pós-produção, de modo que durante a gravação Travolta faz na verdade o movimento de remover a agulha em vez de inseri-la.

Na conversa entre Mia e Vincent no restaurante, Mia conta que formava parte de um grupo de 5 garotas: uma loira, uma chinesa, uma negra, uma francesa e a própria Mia, que era a mais letal com facas. Fato que coincide com as características das 5 integrantes do “Esquadrão Assassino Víboras Mortais” em Kill Bill.











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As armas com as quais Butch pensa em matar os Rednecks foram homenagens a alguns dos filmes favoritos de Tarantino – O taco é de Com as próprias mãos, a serra de O massacre da serra elétrica e a espada a vários filmes de kung fu.

Uma cena excluída mostrava Jules atirando em “Pumpkin”, “Honey Bunny” e “Hairy Yuppie” – Na verdade, ela só teria acontecido na cabeça de Jules.

A cena de dança foi inspirada em Aristogatas.


Segundo Tarantino, os passos da famosa cena de dança tiveram uma inspiração meio inusitada. Enquanto John Travolta foi instruído a dançar de um jeito meio duro, Uma Thurman foi orientada a imitar uma personagem do filme Aristogatas, uma animação da Disney lançada em 1970.

O famoso discurso de Jules não está na Bíblia

Pelo menos não com as mesmas palavras recitadas por Samuel L. Jackson. A passagem de Ezequiel 25:17 existe, mas só tem algumas frases em comum com a versão dita por Jules antes de matar Brett em seu apartamento.
Na verdade, esta foi tirada da introdução do filme The Bodyguard, de 1976. Há quem justifique a mudança do texto original dizendo que, como o mundo dos filmes de Tarantino é naturalmente mais violentos, nele, a Bíblia também usaria palavras mais agressivas em suas profecias.

Tarantino emprestou sua própria carteira e carro para a filmagem

O carro dirigido por Vincent no filme, um 64 Malibu vermelho, pertencia a Tarantino na vida real. Ele foi roubado durante o período de gravação e encontrado só em 2013, quando policiais prenderam adolescentes com ele e descobriram, pelo número de série do veículo, que se tratava do mesmo carro visto em Pulp Fiction.
A carteira de Jules, escrita “Bad Mother Fucker”, também era de Tarantino. Samuel L. Jackson usou na cena do roubo da lanchonete.

Na ideia inicial do filme, Marvin morreria de um jeito diferente

Uma das cenas mais conhecidas do filme é quando Vince dispara um tiro sem querer no rosto de Marvin, matando-o na hora e sujando todo o interior do carro. A proposta original de Tarantino era que o tiro acidental de Vince acertasse o pescoço de Marvin e, para evitar seu sofrimento, Vince enfim o mataria. O diretor acabou mudando de opinião, concluindo que o momento ficaria mais engraçado com um tiro só e que, dessa forma, os telespectadores simpatizariam mais com Vincent.
Phil LaMarr, ator que interpretou Marvin, nem estava no set durante a filmagem da cena. Um boneco igual a ele foi colocado no banco de trás do carro para ser explodido – este também aparece no close do porta-malas.

O que há na valise de Marsellus?

Este é o maior mistério de Pulp Fiction. De drogas aos diamantes que aparecem no filme Cães de Aluguel, também de Tarantino, e material radioativo, devido à luz que sai da mala quando aberta, a explicação mais popular inventada pelos fãs é a de que a valise conteria a alma de Marsellus Wallace.

Segundo contos bíblicos, quando uma pessoa sela um pacto com o Diabo, ele rouba a alma dela puxando-a pela sua nuca. Isso justificaria a presença de um curativo na parte de trás da cabeça de Marsellus, visto na primeira cena em que ele aparece, e o brilho do conteúdo da maleta. Além disso, a senha do cadeado dela é 666. Ou seja, Marsellus vendeu seu espírito ao Diabo e queria comprá-la de volta – por isso enviava Vince e Jules para o apartamento dos três “facilitadores do Diabo”.

Vou colocar as possibilidades no final, encerrando o post.

Pulp Fiction é uma lenda arturiana

Cada protagonista do filme corresponderia a outro das lendas do Rei Artur:

Vincent é Lancelot: Lancelot era francês, era considerado invencível e enviado por Artur para missões especiais. Vincent passara pela França no caminho de sua recente viagem para Amsterdã – lembra-se de “Royal with cheese”? -, recebe a confiança de Marsellus e não foi atingido pelos tiros.

Jules é Galahad: Galahad era tido como um cavaleiro nobre, pois era mais virtuoso que os demais. Tinha qualidades como pureza de espírito e uma fé inabalável. Jules se mostra obcecado com uma determinada passagem da Bíblia e com a ideia de intervenção divina. Ambos são homens religiosos e morais em um mundo violento.

Mia é Guinevere: Mia é esposa de Wallace, o patrão. Guinevere era casada com o Rei Artur. Vincent chega perto de se envolver com Mia e a salva de uma overdose. Já Guinevere teve um caso com Lancelot e ele a salvou da fogueira, na qual seria jogada.
Marsellus é Rei Artur: Marsellus quer buscar sua maleta – já Artur desejava o Cálice Sagrado.

Butch Coolidge é Mordred: Butch é funcionário de Marsellus e Mordred era o filho de Artur. Ambos traem a confiança do seu superior – Butch fugindo da luta e Mordred, da guerra.
Winston Wolfe é Merlin: Wolfe é respeitado por Jules e Vincent pela capacidade de fazer o corpo de Marvin desaparecer “magicamente” da vista dos policiais. Merlin também era visto com respeito pelos cavaleiros e realizava mágica de verdade.


Se os personagens passassem menos tempo no banheiro, tragédias seriam evitadas

Toda vez que Vince vai ao banheiro, algo ruim acontece. Quando ele volta para casa com Mia, ele vai ao banheiro se acalmar – enquanto isso, ela tem uma overdose na sala.

Na lanchonete ao final do filme, Vince lê o livro Modesty Blaise em um dos boxes ao mesmo tempo que Jules é envolvido em um roubo.  

Butch entra em casa para buscar seu relógio enquanto Vince está  lendo um livro ... no banheiro. Se o colega de Brett tivesse enrolado menos no toilette, ele impediria a morte dos seus amigos e, quem sabe, teria  acertado a mira.

E só para finalizar, durante Pulp Fiction a palavra “fuck” é repetida 265 vezes… perdendo para Cães de Aluguel que a usou 269 vezes. Ainda assim é fuck pra caramba.

Em Django Livre, o escravo liberto vira caçador de recompensas e um de seus procurados se chama “Crazy Craig Coons”. Mesmo que mude apenas uma letra, “Koons” é o sobrenome do personagem vivido por Christopher Walken em Pulp Fiction, o coronel que vem até o jovem Butch para devolver-lhe o relógio de seu pai.


Em Django Livre de novo, o Dr. King Shcultz diz que abandonou a profissão de dentista para viver como caçador de recompensas. Pois em Kill Bill 2, Beatrix Kiddo é enterrada viva na sepultura solitária de uma mulher chamada Paula... Shcultz! Seria a misteriosa dona da sepultura uma parente do doutor? Esposa, talvez? A única coisa que sabemos é que Paula morreu em 1892, de acordo com a lápide.



Mas voltando à maleta...

Você pode assistir o filme partindo destes pontos:

1
Assista o filme, caso nunca o tenha feito. Talvez seja interessante assisti-lo diversas vezes para captar certos detalhes ou criar uma teoria própria sobre o conteúdo da maleta.

2
Assista o filme fingindo que há ouro na maleta. Essa é uma das interpretações mais simples para o conteúdo dela. A presença de ouro ou algo de valor semelhante como dinheiro explica a importância da maleta para Marsellus e o por que dele ter enviado seus capangas para recuperá-la. A pasta exibe uma luz dourada a todos que a abrem, o que pode ser interpretado como um reflexo de barras de ouro.

3
Assista o filme com a ideia de que a maleta contém a alma de Marsellus Wallace. Nessa interpretação, os três homens que possuem a maleta são serventes simbólicos do diabo, a quem Marsellus vendeu sua alma. Jules e Vincent servem como mensageiros protegidos das armas dos homens por alguma força divina. A combinação da trava da maleta é "666", o que suporta essa interpretação.

4
Assista o filme com a ideia de que a maleta é um símbolo para o estoicismo masculino. O exterior escuro dela esconde um "coração de ouro" no interior, assim como os homens do filme. Essa interpretação foi apresentada pela autora Susan Fraiman, que argumente que no decorrer o filme, os personagens masculinos buscam se livrar da imagem rígida que passam. Essa teoria é suportada pelo fato do personagem Jules tentar se livrar de sua concha estoica, mas no fim mantém a maleta e continua simbolicamente preso em seu exterior violento.

5
Assista o filme considerando a maleta um puro dispositivo da história. Essa ideia simples significa que a maleta foi criada apenas para dar continuidade a história, sem ter nenhuma importância por si só. Essa análise significa que o conteúdo da maleta não apenas não é descoberto como também é irrelevante. O que conduz a história é o fato dos personagens acreditarem que o conteúdo é valioso. Isso também torna o conteúdo variável de acordo com a imaginação do público.

Tarantino é assim. Quer queira, quer não, quer goste, quer não, só estando dentro da cabeça dele (ou being) para saber o que se passa.



















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