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BABADOOK (2014) - FILM REVIEW


Seis anos já se passaram desde a morte de seu marido, mas Amelia (Essie Davis) ainda não superou a trágica perda. Ela tem um filho pequeno, o rebelde Samuel (Noah Wiseman), e tem dificuldades para amá-lo. O garoto sonha diariamente com um monstro terrível e ao encontrar um livro chamado "The Babadok" reconhece imediatamente seu pesadelo. Certo de que Babadok deseja matá-lo, o menino começa a agir irracionalmente, para desespero de Amélia.

No garimpo de pérolas de horror, eis que surge seu melhor representante em 2014.

BABADOOK é um dos filmes mais tensos dos últimos anos, e ainda por cima traz a melhor performance feminina de 2014, a cargo da desconhecida atriz australiana Essie Davis, cujo papel de maior destaque na carreira até então tinha sido uma participação em MATRIX RELOADED e MATRIX REVOLUTIONS, apresenta aqui uma performance em alguns momentos até animalesca, tamanha a imersão da atriz no papel. Não fosse a natureza excessivamente dark de THE BABADOOK, a bela Rosamund Pike e sua GAROTA EXEMPLAR teria uma séria concorrente ao Oscar de Melhor Atriz do ano que vem.

No filme, Davis interpreta Amelia, uma sofrida mãe solteira que perdeu o marido há sete anos atrás, em um acidente de carro à caminho do hospital onde faria o parto de seu único filho, o problemático Samuel (o esquisito Noah Wiseman). O que já era uma difícil rotina de convivência entre mãe e filho, ambos machucados e traumatizados por sete anos de um luto insuperável por parte da mãe, se torna insuportável quando o garoto encontra um misterioso livro de histórias infantis chamado “Mister Babadook”, que retrata um conto sobre uma misteriosa e sinistra criatura de cartola e dedos compridos, que mais assusta do que ajuda as crianças a dormirem.

E agora, uma vez que a história do livro foi contada, as vidas de Amelia e seu filho entrarão em uma perigosa e enlouquecedora espiral onde absolutamente nada é o que parece ser. À princípio um filme de Horror que se desenvolve também como um thriller psicológico, THE BABADOOK aos poucos se revela um filme sobre um diferente tipo de monstro, mais precisamente aqueles monstros que guardamos no armário ou no fundo do nosso subconsciente, e que tentam à todo custo sair e dominar suas vítimas.


Em THE BABADOOK tudo é ambíguo. A primorosa direção com mão de ferro e o roteiro excessivamente (ou propositalmente) confuso de Jennifer Kent, estreando em longas, divide o público sobre o que é de fato sobrenatural e o que é criação da deturpada imaginação de Amelia e da criança, que mergulha cada vez mais fundo nas alienadas fixações da mãe, uma mulher que vive há sete anos em uma poça escura às portas da insanidade.

Esta atmosfera corajosamente dúbia do filme no entanto não funcionaria sem a performance colossal de Davis. É sua personagem quem define o rumo que o filme toma, e não o contrário, tamanha a força de sua personagem e de sua performance. O esquisito garotinho Daniel Henshall também está muito bem em um papel difícil, e a fotografia opressiva e escura do polonês Radek Ladczuk completa impecavelmente o filme.



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